Saiba quais são os riscos de rodar com o tanque na reserva
Nestes casos, a bomba de combustível é o equipamento que mais sofrerá danos
Se você é daqueles que abastece o automóvel somente depois que já rodou um tempo com a luz da reserva acesa, é melhor tomar cuidado, pois esse procedimento pode causar graves danos ao veículo – fora isso, quem for flagrado parado na via por conta da falta de gasolina ou etanol receberá multa de R$ 85,13, com perda de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e ainda corre o risco de ter o veículo removido.
Para entender a causa dos estragos, é importante saber um pouco mais sobre a bomba de combustível. Componente responsável por mandar a gasolina e/ou o etanol do tanque para o sistema de injeção, ela fica submersa nestes líquidos e é lubrificada por eles.
“Isso significa que o combustível cumpre o papel de ajudar no funcionamento da bomba. Mas, quando ele está baixo, a peça passa muito tempo exposta, sem lubrificação. Além disso, é obrigada a trabalhar em temperaturas acima do ideal, já que não terá a gasolina ou o etanol para resfriá-la e pode superaquecer”, explica Roberto Bortolussi, professor de engenharia mecânica no Centro Universitário FEI.
Outro risco de rodar frequentemente na reserva é a possibilidade de entrada de partículas de sujeira – oriundas dos combustíveis – na bomba. Geralmente, essas partículas ficam no fundo do reservatório e, quando se utiliza até a última gota de gasolina ou etanol, o equipamento suga junto as impurezas.
“Esses resíduos que ficam no fundo do tanque podem prejudicar a parte mecânica da bomba e também danificar o filtro de combustível”, diz Bortolussi.
E não é só isso. Segundo Antônio dos Santos, proprietário da Mecânica Auto, localizada em São Bernardo, na Grande São Paulo, o combustível sujo pode entupir os bicos injetores. “Nestas situações, o carro provavelmente começará a ‘engasgar’ ou até falhar completamente”, afirma o especialista, que cobra entre R$ 150,00 e R$ 300,00 para fazer o reparo na bomba.
Encher demais
Na tentativa de evitar as panes citadas nesta matéria, muitos motoristas acabam “abusando do combustível”. Porém, como garante o professor do Centro Universitário da FEI, pedir para o frentista abastecer “até a boca” também é prejudicial – neste caso, para o medidor do etanol ou da gasolina. “Quando se coloca muito combustível no reservatório, esse medidor pode travar. Mas isso é mais comum nos modelos mais antigos, que utilizam o sistema de boia, hoje chamado de sensor de nível”, relata.
O que também pode acontecer, quando há excesso de gasolina ou etanol no tanque, é o cânister, cuja função é filtrar as emissões de vapor do automóvel antes de liberá-las para a atmosfera, ficar inundado. Com isso, ele não conseguirá desempenhar seu papel corretamente, e os poluentes chegarão ao ar sem tratamento. Fora isso, o dispositivo será prejudicado, assim como o motor e até a parte elétrica do carro.
Para que nada disso ocorra, o ideal, então, é manter o veículo abastecido com, pelo menos, ¼ da capacidade do tanque – a medida pode ser consultada no manual do proprietário.
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Sou viciado em rodar na reserva com minha S10, coisa que faço desde fevereiro de 2011 e também abasteço até na boca, estas situações acontecem porque viajo muito, o que tenho observado é que quando rodei mais na reserva imaginei que iria ficar sem combustível porque rodei mais de 60Km mas na realidade quando abasteci ainda tinham 15 litros no tanque.
Não acredito que os engenheiros da Chevrolet iriam colocar uma bomba no tanque de combustível totalmente desprotegida e boia de nível nunca funciona corretamente nem em carro nem em moto, aprenda a considerar o nível pela quilometragem rodada.