Redução do IPI: por que nem todos os carros ficaram mais baratos?
Entenda os motivos pelos quais nem todos os carros ficaram mais baratos após a redução do IPI anunciada pelo Governo Federal.
No fim de fevereiro o Governo Federal anunciou a redução da IPI para carros e outros produtos. No entanto, nem todos os veículos ficaram mais baratos. Entenda os motivos.
Mesmo com a redução do IPI, nem todos os carros ficaram mais baratos
O IPI, Imposto Sobre Produto Industrializado teve alíquota reduzida em até 25%. No caso dos veículos a taxa foi reduzida em média 18,5%. Aqui no Garagem360 já foi anunciado algumas ações já realizadas por algumas marcas, como Kia e Nissan, por exemplo. No entanto, o repasse não foi feito por todas as montadoras.
De acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, se por um lado a redução do IPI diminui os valores dos veículos, outros fatores como a Guerra entre Rússia e Ucrânia dificultam os descontos repassados, tendo em vista os constantes aumentos de insumos e matérias-primas ao redor do globo.
“É sempre muito bem-vinda qualquer proposta que alivie a pesada carga tributária sobre a indústria de transformação no Brasil. A redução do Custo Brasil, embora ainda tímida, é benéfica não só para o setor industrial, mas também para a geração de empregos, para os consumidores e para a sociedade como um todo”, afirmou Luiz Carlos Moraes.
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Guerra na Ucrânia e novos aumentos dificultam a redução repassada ao público
Algumas montadoras afirmaram repassar a redução de forma integral ao público, como é o caso da Honda, Kia, Nissan, Renault, Toyota, Volkswagen e outras. No entanto, marcas como Citroën, Jeep, Peugeot e demais integrantes do Grupo Stellantins afirmaram dificuldades de repassar a redução para o público devido os constantes aumentos de matérias-primas e insumos automotivos.
“Os preços de matérias-primas, insumos e componentes estão subindo em todo o mundo, em um processo inflacionário que afeta inúmeros setores industriais. O fenômeno ocorre de modo claro e visível no Brasil, acarretando sucessivos aumentos dos custos de produção e, consequentemente, dos preços de produtos industrializados.”, informou o Grupo ao Uol Carros.
Ainda de acordo com Moraes, o setor vê com enorme perplexidade a injustificável invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Em primeiro lugar, nos preocupa o aspecto humanitário, com tantas mortes, inclusive de civis, e uma legião de refugiados tentando chegar a países vizinhos, incluindo brasileiros. Ainda é cedo para avaliarmos os inevitáveis reflexos negativos sobre a economia global e sobre o fluxo da cadeia logística do nosso setor“, declarou na coletiva o Presidente da Anfavea.
“Mas estamos atentos e preparados para mitigar os danos e buscar alternativas em caso de falta de insumos ou componentes. O mundo, ainda vivendo sob uma pandemia que cobra tantas vidas e desorganiza a sociedade, pode sofrer novos e duros golpes caso esse conflito não seja resolvido com um cessar-fogo imediato e a volta da diplomacia”, continuou o Presidente.
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.