Preço de peças automotivas subiu mais de 50%; veja dados completos

Desde 2021, ocorrem altas expressivas no preço de peças automotivas. Em maio, o valor cobrado pelas fabricantes acumulou aumentos de até 68%.

Desde janeiro de 2021, tem sido verificada uma alta expressiva no preço das peças automotivas. Em maio deste ano, o valor cobrado pelas fabricantes acumulou aumento de cerca de 68% para peças de veículos de frota leve e em torno de 57% para pesados.

Os dados fazem parte de levantamento da Ticket Log, marca da Edenred Brasil no setor de gestão de frota e soluções de mobilidade para o mercado urbano.

Veja os dados completos sobre o aumento de preços das peças automotivas

Filtros de ar acumulam alta de até 10% em cinco meses (Foto:Divulgação)

De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), o Brasil tem a quarta maior inflação do mundo, atrás apenas de Rússia, Argentina e Turquia. 

Além disso, incertezas em relação à pandemia de Covid-19, conflitos entre países (à exemplo da guerra Rússia x Ucrânia), variação cambial, alta no preço dos combustíveis e a crise global de semicondutores afetaram – e ainda afetam – o setor de frota.

No caso de veículos pesados, algumas peças registraram alta de até 15% nos preços no primeiro trimestre do ano. Confira os percentuais de aumento: 

  • filtro de combustível – 7,32%; 
  • amortecedor – 7,14%; 
  • filtro de óleo – 6,9%; 
  • filtro de ar – 6,8%; 
  • tambor de freio – 6,5%; 
  • óleo de motor – 15%. 

para as frotas leves, os acréscimos chegaram a 14% no mesmo período: 

  • discos de freio – 12%; 
  • filtro de óleo – 12%; 
  • filtro de ar motor – 10%; 
  • filtro de combustível – 8%; 
  • óleo de motor –14%; 
  • filtro de ar-condicionado – 10%.

Filtro de óleo é uma das peças com maior aumento acumulado no ano (Foto: Divulgação/Motorcraft)

“Como consequência do cenário atual, que inclui inflação e falta de oferta de semicondutores no mercado automobilístico, é normal que diminua o número de veículos novos nas ruas. Isso faz com que a frota circulante passe a entrar em um processo de envelhecimento, o que impulsiona a demanda por mais manutenção”, destaca Eduardo Fleck, diretor-geral de Especialidades de Frota e Mobilidade da Ticket Log. 

Ainda de acordo com o levantamento da Ticket Log, de janeiro de 2019 ao primeiro semestre de 2022, as frotas de veículos pesados envelheceram 29%. Já as frotas de automóveis leves envelheceram 38% no período.

O estudo também identificou que o índice de manutenções realizadas pelas empresas de frotas é mais frequente para reparos corretivos do que preventivos. Segundo a Ticket Log, as manutenções preventivas para veículos pesados caíram 7% desde o primeiro semestre de 2019. 

Já as revisões preventivas, feitas em frotas leves, se mantiveram estáveis, com queda de 1% no período. “As revisões preventivas podem ajudar na otimização do orçamento das empresas, ao evitar que problemas mais caros de resolver”, afirma Fleck.

Manutenções preventivas por empresas de frota caíram (Foto: Divulgação)

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Paulo Silveira Lima
Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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