Preço da gasolina pode subir em março! Saiba o quanto você vai pagar

Governo tem debate interno sobre a volta dos impostos sobre combustíveis. Reoneração pode levar a aumento do preço da gasolina em março.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pretende suspender a desoneração dos combustíveis como forma de reduzir o déficit nas contas públicas. A ideia enfrenta oposição dentro do governo federal, visto que o impacto da medida – ou seja o aumento do preço da gasolina – é impopular. Especialistas do mercado estimam que o valor do litro do combustível nas bombas deverá sofrer um acréscimo de R$ 0,24.

A atual desoneração dos combustíveis, prorrogada pela gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu primeiro dia de governo, vence na próxima terça-feira (28). Se nada mudar, o preço da gasolina subirá em março.

Saiba qual deve ser o novo preço da gasolina em março, na média brasileira

Preço da gasolina pode voltar a subir (Foto: Divulgação/Ipem-PR)

Nas contas da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), sem a prorrogação da isenção, o impacto da volta dos impostos no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras será de R$ 0,79 pelo PIS/Cofins e de R$ 0,10 pela Cide.

Nos postos, após a adição de etanol (atualmente, a gasolina comum leva uma mistura de 27% de álcool), o impacto total do retorno dos impostos no preço final da gasolina será de R$ 0,68 por litro. Já o etanol deve subir R$ 0,24 por litro nas bombas de abastecimento.

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro da gasolina no País foi de R$ 5,07 na semana passada (de 12 a 18 de fevereiro).

Dessa forma, o preço médio da gasolina subiria para R$ 5,31 em março. 

No entanto, a Abicom faz uma ressalva: na comparação com os preços praticados no mercado internacional – a chamada Paridade de Preços Internacionais (PPI) –, a venda da gasolina nas refinarias da Petrobras está em média 8% mais cara, enquanto o diesel está com o preço 7% superior.

Petrobrás pode absorver o aumento de custo (Foto: Divulgação/Petrobras)

Essa diferença corresponderia a uma possível queda de R$ 0,23 por litro da gasolina (e R$ 0,25 do diesel), caso a Petrobras altere a política de preços que vem sendo colocada em prática desde a gestão anterior. Em outras palavras, a Petrobras teria condições de absorver o impacto causado pela desoneração sobre os preços dos combustíveis, evitando o reajuste para o consumidor final.

Nesta sexta-feira (24), o presidente Lula tem reunião marcada com o novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. A expectativa é de que os dois discutam sobre a nova política de preços da estatal.

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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