Polêmica: Honda detona correia banhada a óleo e explica por que rejeita motores 1.0 Turbo

Honda explica por que não usa correia banhada a óleo no WR-V e critica durabilidade de motores 1.0 turbo rivais. Entenda a polêmica

Enquanto o mercado foi inundado por motores 1.0 turbo e a controversa tecnologia da correia dentada banhada a óleo, a Honda decidiu nadar contra a maré. No lançamento do novo WR-V, a marca manteve o 1.5 aspirado e já abriu o jogo: para a japonesa, a durabilidade vem antes da “emoção momentânea”. Acompanhe o Garagem360 e entenda!

Por que a Honda não usa correia banhada a óleo?

A tecnologia, popularizada no Brasil por marcas como Chevrolet (Onix/Tracker) e Stellantis (Peugeot/Citroën), promete menor atrito e economia. Porém, a Honda é categórica em rejeitá-la.

Motor Honda e correia banhada a óleo

Honda é contra motores com correia banhada a óleo. Foto: Divulgação

Em entrevista ao portal Autoblog Argentina, Renan Barba dos Santos, engenheiro da Honda na América do Sul, explicou o risco técnico. Segundo ele, motores com essa tecnologia começam a apresentar defeitos graves relativamente cedo, entre 50 mil e 60 mil km.

O problema explicado

O lubrificante do motor, contaminado com combustível e resíduos, começa a degradar quimicamente o material da correia.

  • Consequência: fragmentos da borracha da correia se soltam e caem no cárter.
  • Perigo: esses detritos entopem o “pescador” da bomba de óleo e as passagens de lubrificação, podendo fundir o motor por falta de óleo.

Solução da Honda

A marca mantém o uso da Corrente de Comando metálica. Segundo o engenheiro, o sistema não tem vida útil pré-definida, dispensa lubrificação externa ou ajustes de tensão e exige apenas a manutenção básica de troca de óleo no prazo correto.

“Turbo 1.0 não é confiável”, diz engenheiro

Outro ponto polêmico abordado foi a ausência de motores 1.0 ou 1.2 turbo nos SUVs de entrada da marca. Enquanto o WR-V usa o 1.5 aspirado (126 cv e 15,8 kgfm), os rivais apostam no turbo.

Motor Honda e correia banhada a óleo

Foto: Reprodução

Para a Honda, os motores pequenos turbinados focam na “emoção ao dirigir” gerada pela pressão da turbina, mas sacrificam a longevidade. “Na nossa percepção, esses motores não foram pensados em confiabilidade”, afirmou Renan.

A marca japonesa só utiliza turbo (o 1.5 de 177 cv) em versões de topo, como no HR-V Touring, onde o projeto é mais robusto e caro.

Aposta na legislação de 10 anos

A escolha pelo 1.5 aspirado e câmbio CVT no novo WR-V não é apenas teimosia, é estratégia global. O motivo?

  • Emissões: o motor atual já atende às normas ambientais presentes e futuras para os próximos 10 anos. Rivais com motores turbo antigos precisarão de atualizações caras em breve.
  • Escala global: sendo o mesmo motor usado em quase todos os carros de entrada da Honda no mundo, a manutenção é mais barata e as peças são fáceis de encontrar.

Assim, a Honda prefere entregar um carro que “não quebra” a entregar um carro que “arranca forte” no semáforo, mas visita a oficina com frequência.

Você prefere a confiabilidade (e menor desempenho) do motor aspirado com corrente ou a emoção do turbo com correia banhada a óleo, mesmo com os riscos? Conte para a gente!

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Kawane Licheski
Escrito por

Kawane Licheski

Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fiz da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.