Pedágios sem aumento em 2022 nas estradas estaduais de SP; saiba preços atuais
O governo de São Paulo decidiu não reajustar as tarifas de pedágios no estado. Porém, decisão não agradou ABCR.
Com inflação em alta e o consumidor constantemente impactado com o aumento de combustíveis, o governo de São Paulo decidiu não realizar o reajuste anual nos pedágios do estado. No entanto, para a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, a ABCR, criticou a decisão. Questão pode parar na Justiça; entenda os detalhes.
Pedágios de São Paulo sem reajuste em 2022: concessionárias criticam a decisão
Na última quinta-feira, 30 de junho, a gestão do governador Rodrigo Garcia, do PSDB, anunciou uma medida na qual barra o aumento anual dos pedágios cobrados no estado. Local onde a tarifa já é uma das mais caras do país.
Caso acontecesse o reajuste anual, que geralmente é implementado a partir do segundo semestre, a tarifa ficaria cerca de 10,72% e 11,73% mais cara, com base no reajuste do IGPM e do IPCA, respectivamente.
Para método de comparação, o trecho Anchieta-Imigrantes, que interliga a capital paulista com o litoral do estado, sentido baixada santista, o valor do pedágio é de R$ 30,20. Nesse sentido, caso efetivado o aumento, o valor da tarifa seria de R$ 33,80.
No entanto, o governador do estado afirmou que atualmente o consumidor enfrenta uma “alta desenfreada de preços”, principalmente no que diz respeito aos combustíveis, e por isso, a medida.
No entanto, a decisão não foi bem vista pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, a ABCR.
Em nota, a entidade afirmou que “O setor manifesta grave preocupação com a adoção da medida anunciada, em um momento crítico no qual as empresas ainda enfrentam os efeitos econômicos da Covid-19 e o aumento expressivo do preço de insumos, e têm de honrar compromissos importantes assumidos junto a financiadores e fornecedores, bem como junto à sociedade paulista e aos usuários”.
Caso da falta de aumento nos pedágios pode parar na justiça
Diante do ocorrido a ABCR avalia uma ação na justiça pelo direito de realizar o reajuste anual, tendo em vista que a decisão de manter os atuais valores pode prejudicar a receita das concessionárias que atuam no estado, e que ainda enfrentam consequências da pandemia de covid-19.
Sobre o tema, João Octaviano Machado Neto, secretário estadual de Logística e Transportes, afirmou que o “Governo de São Paulo não descumpre contrato e vai dialogar com todos os setores envolvidos.”
Com isso, a entidade também afirma ser necessário que o estado implemente novas medidas para a compensação financeira dos contratos “a fim de evitar situação de desequilíbrio econômico-financeiro e riscos à sustentabilidade das concessões e à execução de obras e serviços.”
Fonte: Infomoney
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.