O que faz reprovar no exame prático do Detran para CNH categoria B
Para a maioria dos candidatos a motorista, o exame prático é a etapa mais tensa da CNH categoria B. Saiba como não ser reprovado.
Para a maioria dos candidatos a motorista, o exame prático é a etapa mais tensa do processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, a CNH.
O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) elaborou um material com orientações valiosas para ajudar quem está nessa situação.
Confira as orientações do Detran-SP e evite a reprovação no exame prático da CNH categoria B
Durante o exame prático, os examinadores avaliam se os candidatos à CNH possuem condições para atuar no trânsito sem fornecer riscos aos demais habilitados, passageiros e pedestres.
“A CNH não é um direito do cidadão, ela é uma concessão. O documento é concedido em confiança aos conhecimentos e habilidades demonstradas. Daí a importância do futuro motorista se dedicar ao máximo durante todo o processo”, destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran-SP.
Segundo explica Rosana Néspoli, gerente da Escola Pública de Trânsito (EPT) do Detran-SP, o exame prático é o último momento da avaliação do candidato, quando tudo ainda está sendo feito em ambiente laboratorial, monitorado.
“É uma maneira do órgão executivo de trânsito ter a garantia de que até aquela etapa o candidato conseguiu demonstrar o domínio e suas habilidades para a condução de veículo”, afirma Rosana.
Saiba mais sobre o assunto: CNH B: requisitos da categoria, regras, lista de veículos permitidos.
Como é o exame prático
O exame prático é realizado em duas etapas: baliza e percurso em via pública, necessariamente nessa ordem.
A primeira etapa consiste em estacionar o veículo em área demarcada por, pelo menos, seis balizadores removíveis.
Para a etapa da baliza, o candidato tem até três tentativas, que são contadas a cada deslocamento em marcha a ré.
A área demarcada e o tempo permitido para a realização da manobra variam de acordo com cada grupo. Na categoria B, o limite é de 5 minutos.
A contagem do tempo para realização da baliza se inicia quando a frente do carro alcança o primeiro balizador.
Na etapa do percurso em via pública, o percurso apresenta aclives e declives, cruzamentos, sinalizações horizontal e vertical e guias de estacionamento.
O candidato é submetido a conversões e testes de parada em subida, com acionamento obrigatório de freio de estacionamento, e é avaliado quanto ao cumprimento de normas de circulação e conduta.
E deve demonstrar equilíbrio, capacidade de manobra, uso adequado de sinalização, reflexo diante de obstáculos e habilidade de troca de marcha, passando por:
- Pelo menos quatro cones alinhados;
- Uma prancha ou elevação com entrada chanfrada;
- Sonorizadores com réguas de largura;
- Duas curvas sequenciais com raio de 90° e em formato de “L”;
- Duas rotatórias circulares que permitam manobra em formato de “8”.
O que leva à reprovação no exame prático da CNH categoria B
Durante o exame, as faltas cometidas são registradas no momento em que ocorrem. O critério é a pontuação negativa por falta cometida, sendo que o candidato que cometer uma falta eliminatória ou cuja soma dos pontos negativos ultrapassar três será reprovado.
Faltas eliminatórias (reprovação)
- desobedecer à sinalização semafórica e de parada obrigatória;
- avançar sobre o meio-fio;
- não colocar o veículo na área balizada no tempo estabelecido;
- avançar sobre o balizamento demarcado durante o estacionamento na vaga;
- transitar em contramão;
- não completar a realização de todas as etapas do exame;
- avançar a via preferencial;
- provocar acidente;
- exceder a velocidade e cometer qualquer outra infração de trânsito gravíssima.
Faltas graves (3 pontos)
- desobedecer à sinalização da via ou ao agente da autoridade de trânsito;
- não observar as regras de ultrapassagem ou de mudança de direção;
- não dar preferência de passagem ao pedestre que estiver atravessando a via transversal para onde se dirige o veículo ou, ainda, quando o pedestre não haja concluído a travessia;
- manter a porta do veículo aberta ou semiaberta;
- não sinalizar com antecedência a manobra pretendida ou sinalizá-la incorretamente;
- não usar devidamente o cinto de segurança;
- perder o controle da direção e cometer qualquer outra infração de trânsito de natureza grave.
Faltas médias (2 pontos)
- executar o percurso da prova, no todo ou em parte dele, sem estar com o freio de mão inteiramente livre;
- trafegar em velocidade inadequado;
- interromper o funcionamento do motor, sem justa razão, após o início da prova;
- fazer conversão incorretamente;
- usar buzina sem necessidade ou em local proibido;
- desengrenar o veículo nas descidas;
- colocar o veículo em movimento sem observar as cautelas necessárias;
- usar o pedal da embreagem antes de usar o pedal de freio nas frenagens;
- entrar nas curvas com a engrenagem de tração do veículo em ponto neutro;
- engrenar ou usar as marchas de maneira incorreta e cometer qualquer infração média.
Faltas leves (1 ponto)
- provocar movimentos irregulares no veículo sem motivo justificado;
- ajustar incorretamente o banco;
- não ajustar devidamente os espelhos retrovisores;
- apoiar o pé no pedal da embreagem com o veículo engrenado e em movimento;
- utilizar ou interpretar incorretamente os instrumentos do painel do veículo;
- dar partida ao veículo com a engrenagem de tração ligada;
- tentar movimentar o veículo com a engrenagem de tração em ponto neutro e cometer qualquer infração leve.
O que levar no dia do exame prático da CNH
O Detran-SP ressalta que, no dia da prova, basta ao candidato à CNH comparecer com 15 min de antecedência ao horário agendado no protocolo de agendamento, portando documento de identificação e a Licença de Aprendizagem de Direção Veicular (LADV), impressa pelo Centro de Formação de Condutores (CFC).
Seguir as orientações dos representantes e examinadores é o caminho certo para ter um bom exame prático.
Pode te interessar: Tudo o que você precisa saber sobre a reciclagem da CNH
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.