Novo radar não registra só a velocidade e multa pode superar os R$ 500,00
São José dos Campos instala radar antibarulho que usa 21 microfones e câmeras para flagrar ruídos acima de 80 decibéis. Multas de R$ 500,00 estão previstas para novembro, mas o equipamento enfrenta desafios legai!
Uma inovação tecnológica no trânsito está gerando debate e preocupação entre motoristas: o radar antibarulho. A cidade de São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), deu o pontapé inicial na implementação deste equipamento, que tem como objetivo fiscalizar e penalizar veículos que excedam os limites de ruído.
Novo radar registra excesso de ruídos e multa pode superar os R$ 500,00
Instalado em fase experimental no Anel Viário, próximo ao shopping Aquarius Open Mall, o equipamento é uma resposta direta às constantes e numerosas reclamações de moradores sobre a poluição sonora excessiva, em especial a causada por motocicletas com escapamentos esportivos.
Diferente dos radares tradicionais, que focam apenas na velocidade, o radar antibarulho utiliza uma avançada “câmera acústica”. O sistema é composto por 21 microfones distribuídos ao longo da pista, que trabalham em coordenação com câmeras de captura de imagem.
O funcionamento é automático:
- Os microfones detectam o som excessivo de um veículo.
- O limite de ruído tolerado é de 80 decibéis.
- Ao ultrapassar esse limite, os dados são registrados e as câmeras capturam a placa do veículo infrator.

A previsão é que as multas comecem a ser aplicadas em novembro, após a certificação obrigatória do Inmetro. O valor inicial estipulado para quem for flagrado desrespeitando o limite de ruído é de R$ 500,00.
Leia aqui: Atenção usuários da BR-040: Novos limites de velocidade e radares ativos
Desafios legais podem frear a novidade
Apesar da eficácia tecnológica e da demanda popular por silêncio, o radar antibarulho enfrenta desafios legais significativos.
A legislação brasileira de trânsito determina que apenas a União pode legislar sobre trânsito e penalidades em infrações. Atualmente, a falta de regulamentação específica do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para este tipo de equipamento levanta questionamentos sobre a viabilidade jurídica das multas aplicadas.
São José dos Campos não é a única a testar a tecnologia; Curitiba (PR) também está avaliando o sistema, enquanto as cidades aguardam uma regulamentação federal. O objetivo final é claro: reduzir a poluição sonora e elevar a qualidade de vida urbana, mas o caminho para a legalização completa ainda é incerto.
O que você acha da implementação do radar antibarulho? É uma medida justa para combater a poluição sonora ou a falta de regulamentação do Contran torna a multa ilegal? Comente abaixo se você concorda com a iniciativa e compartilhe sua opinião!
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.