No vermelho! GM Chevrolet relata queda de 35% na receita

GM Chevrolet registra queda de 35% no lucro líquido, impactada por tarifas dos EUA. Entenda os desafios da montadora e sua nova aposta em veículos a gasolina para reverter o cenário.

A General Motors (GM) Chevrolet divulgou um relatório financeiro preocupante para o segundo trimestre de 2025, revelando uma série de números negativos que impactaram significativamente seus resultados. As demonstrações, apresentadas aos acionistas antes da abertura da Bolsa de Valores de Nova York em 22 de julho, mostram a montadora de Detroit sentindo o peso das tarifas de importação impostas a partir de 2 de abril pelo presidente Donald Trump.

GM Chevrolet relata queda de 35% na receita

O custo dessas tarifas para a GM já soma US$ 1,1 bilhão (aproximadamente R$ 6,7 bilhões). O impacto se refletiu diretamente no lucro líquido da empresa, que registrou uma queda de 35% no segundo trimestre de 2025, atingindo US$ 1,9 bilhão (cerca de R$ 10,4 bilhões). A receita global também sofreu uma leve retração de 1,8%, totalizando US$ 47,1 bilhões (aproximadamente R$ 260 bilhões).

Os números negativos se estenderam para outros indicadores financeiros. O lucro ajustado antes de juros e impostos (EBIT) da GM caiu 32%, para US$ 3,04 bilhões (cerca de R$ 16,11 bilhões). Na América do Norte, principal mercado da montadora, o lucro antes dos impostos despencou 46%, chegando a US$ 2,4 bilhões (aproximadamente R$ 13,2 bilhões), com uma receita de US$ 39,5 bilhões (cerca de R$ 218 bilhões).

GM Chevrolet relata queda de 35% na receita - Foto: Divulgação
GM Chevrolet relata queda de 35% na receita – Foto: Divulgação

 


Projeções mantidas e aposta em modelos a combustão

Apesar do cenário desfavorável, a GM buscou tranquilizar seus acionistas em uma carta datada de 22 de julho, afirmando que ainda mantém sua projeção de resultados financeiros para o ano inteiro, divulgada em maio.

A expectativa é que o EBIT da empresa fique entre US$ 10 bilhões e US$ 12,5 bilhões (aproximadamente R$ 55 bilhões a R$ 69,2 bilhões), e o lucro líquido entre US$ 8,2 bilhões e US$ 10,1 bilhões (cerca de R$ 45,28 bilhões a R$ 55,53 bilhões).

No entanto, a montadora projeta que as tarifas adicionais podem gerar um corte de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões (aproximadamente R$ 23,2 bilhões a R$ 27,1 bilhões) em seus resultados até o final do ano.

Em meio a esses números desafiadores, a CEO Mary Barra expressou otimismo na mensagem aos acionistas, destacando que a GM está “bem posicionada para ter sucesso em um mercado de motores a combustão que agora tem uma pista mais longa”. A executiva ressaltou que a empresa “continuará a impulsionar a melhoria da lucratividade geral”.

“Acredito que tudo o que estamos fazendo de forma estratégica e proativa, juntamente com um alinhamento mais próximo das regras de emissões com a demanda do consumidor, nos diferenciará ainda mais de nossos concorrentes, aumentará nossa resiliência e nos ajudará a sair deste período de transição ainda mais fortes e lucrativos do que antes”, declarou Barra.

Apesar dos resultados negativos, a GM aposta em carros a gasolina. Qual sua opinião sobre essa estratégia? Deixe seu comentário e participe do debate!

Leia também: “Tera da Chevrolet” chega em 2026 e será produzido em fábrica no RS; veja qual o modelo

 

Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Entrar no canal do Whatsapp Entrar no canal do Whatsapp
Robson Quirino
Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

ASSISTA AGORA