Negociar veículo com base na tabela Fipe pode ser prejudicial para o consumidor

Neste período de crise, alguns consumidores estão procurando trocar de carro por um que seja mais barato de manter ou estão se desfazendo deste bem para compor o caixa da família. Para isso, é importante obter o preço correto da versão e dos equipamentos do automóvel para não o negociar com um valor mais baixo do que ele realmente vale. Neste caso, usar a KBB Brasil em vez da tabela Fipe pode evitar que o consumidor, muitas vezes, até perca dinheiro na hora de vender seu carro.

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Negociação de veículo 

A tabela de preços de automóveis produzida pela Fipe, segundo a própria Fundação, se refere apenas a preços médios praticados em todo território nacional, após a exclusão de valores muito acima e muito abaixo do preço médio encontrado para os carros da lista.

Além disso, a base de registros de preços da Fipe é cerca de três vezes menor do que a fornecida pela KBB: são aproximadamente 9 mil registros na Fipe contra mais de 37 mil na KBB. Na prática, isso significa que a Fipe costuma aglutinar diferentes versões de um mesmo modelo numa única linha de preço médio para o País todo.

Os preços da KBB seguem uma metodologia distinta da adotada pela Fipe para precificar os veículos. A KBB coleta cerca de 800 mil informações de preços em diferentes fontes do mercado semanalmente e processa estes de dados via um algoritmo que interpreta o comportamento histórico de variação de preços de cada versão para determinar seu valor no período. Depois, estes dados são validados para que os preços publicados no site,de fato, reflitam a realidade do mercado nacional.

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Exemplo de desvalorização 

É o caso, por exemplo, de um Ford Focus 1.6 2014, o qual a Fipe precifica a R$ 41.210 as versões S, SE e SE Plus, que possuem distinções de equipamentos relevantes entre elas, como ilustra a imagem abaixo.

No site da KBB , há um preço base para cada uma destas versões do mesmo Ford Focus 1.6 2014, contando hatch e sedã. Além disso, no site é possível usar ferramentas de edição do veículo, como alterar a quilometragem, a cor, a região, o estado de conservação e até mesmo os equipamentos opcionais do carro.

Quanto mais informações o usuário do site editar sobre o carro que quer vender, mais específica será a faixa de preço para que ele possa negociá-lo com mais precisão.

Usando o mesmo exemplo de um Ford Focus 1.6 2014 na versão SE Powershift, caso o modelo esteja num estado de conservação “Excelente”, quilometragem cerca de 50% abaixo da média e possua pintura perolizada, o proprietário poderá negociá-lo com outro particular por até R$ 46.291 dentro da margem justa de preço, recebendo um retorno maior do que teria se baseasse sua transação pela Fipe.

30 carros usados para comprar por até R$ 50 mil

Atualmente, no mercado de carros novos, é possível encontrar as versões 1.0 intermediárias de carros populares na casa dos R$ 50 mil. Entretanto, no mundo usados, dá para garimpar alguns veículos de categorias superiores, bem equipados e, em alguns casos, até um certo nível de luxo.

Nesta galeria especial do Garagem360, confira 30 opções disponíveis nos classificados brasileiros. Os preços e modelos foram baseados em anúncios dos sites GT40, Mercado Livre e Webmotors.

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