Não, valeu: carros usados que as concessionárias não pegam na troca
Meta description: Descubra quais tipos de carros usados as concessionárias evitam pegar na troca! Carros elétricos, picapes a diesel antigas, veículos de leilão, alta quilometragem e modelos impopulares podem dificultar seu negócio.
Para muitos, a troca de um carro usado por um modelo mais novo na concessionária parece a solução ideal para simplificar o processo de compra. No entanto, nem todo veículo é aceito de bom grado como parte do pagamento. As concessionárias, focadas em revenda rápida e lucro, são seletivas e tendem a evitar carros que podem lhes trazer prejuízo ou dificuldade de comercialização.
Se você está pensando em dar seu carro usado como entrada, é bom saber quais tipos de veículos as concessionárias geralmente dizem “não, valeu”.
Carros usados que as concessionárias não pegam na troca
1. Carros Elétricos em Geral (Por Enquanto)
Embora a eletrificação seja o futuro, o mercado de carros elétricos usados no Brasil ainda é incipiente e volátil. A rápida evolução da tecnologia de baterias, a incerteza sobre a vida útil desses componentes e a desvalorização ainda pouco previsível tornam os elétricos um risco para as concessionárias.
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Rápida Obsolescência Tecnológica: O avanço das baterias e da autonomia dos modelos mais novos faz com que elétricos de poucas gerações atrás já pareçam “antigos”.
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Custo de Reparo de Baterias: Qualquer problema com a bateria pode significar um custo de reparo ou substituição altíssimo, o que inibe a revenda.
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Baixa Demanda no Mercado de Usados: A infraestrutura de recarga ainda limitada e o desconhecimento do público sobre carros elétricos usados reduzem a demanda e dificultam a revenda por parte da concessionária.
3. Histórico de Acidentes Graves ou Leilão
Carros que passaram por sinistros graves ou foram adquiridos em leilões são os campeões em serem recusados pelas concessionárias.
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Dificuldade de Revenda: Veículos com histórico de batida grave (perda total recuperada, por exemplo) ou passagem por leilão (seja por sinistro, financeira, etc.) carregam um estigma. O comprador final hesita em adquiri-los, e o valor de mercado é drasticamente reduzido.
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Incerteza sobre Reparos: Mesmo que o carro tenha sido reparado, a concessionária não tem controle sobre a qualidade do serviço, e isso pode gerar problemas futuros e insatisfação do cliente.
3. Picapes a Diesel
Picapes a diesel são robustas e valorizadas por sua força e capacidade de carga, mas as concessionárias tendem a ser cautelosas com as versões mais rodadas ou antigas.
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Alta Desvalorização: Embora a picape em si seja valorizada, uma picape a diesel com muitos anos de uso e quilometragem muito alta (acima de 200.000 km, por exemplo) tende a sofrer uma desvalorização acentuada no valor de revenda pela concessionária.
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Manutenção Potencialmente Cara: Motores diesel, embora duráveis, podem exigir manutenções mais caras e complexas à medida que envelhecem e rodam muito, o que representa um risco para o lojista.
4. Alta Quilometragem e Idade Avançada (em Geral)
Independentemente do tipo de carro, se o veículo possui alta quilometragem para o seu ano de fabricação ou simplesmente uma idade muito avançada (geralmente acima de 10 a 12 anos), as concessionárias ficam receosas.
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Desgaste e Manutenção: Carros mais rodados ou antigos tendem a apresentar maior desgaste de componentes, o que significa que a concessionária terá que investir mais em revisão e eventuais reparos para deixá-lo em condições de revenda, diminuindo sua margem de lucro.
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Dificuldade de Venda: O público em geral prefere carros mais novos e com menor quilometragem, o que faz com que esses veículos fiquem parados no estoque por mais tempo.
5. Veículos Pouco Populares ou com Baixa Liquidez
Alguns modelos, embora possam ser bons carros, têm um nicho de mercado muito específico ou simplesmente não possuem alta demanda no mercado de usados.
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Dificuldade de Revenda: Modelos importados muito específicos, carros esportivos antigos, ou veículos que saíram de linha sem um sucessor claro podem ter uma revenda muito lenta, ou exigir um preço muito baixo para desovar o estoque.
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Alto Custo de Peças/Manutenção: Carros com baixa popularidade muitas vezes têm peças mais caras ou difíceis de encontrar, elevando o custo de manutenção para a concessionária antes da revenda.
Seu carro se encaixa em alguma dessas categorias? Compartilhe nos comentários sua experiência ao tentar dar um carro usado na troca em uma concessionária!
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.