Na pandemia, brasileiros investem em seguros mais baratos

Na pandemia, brasileiros investem em seguros mais baratos. Já outros preferiram deixar carros ou motos sem nenhuma assistência. Saiba mais!

Com a queda da renda dos brasileiros, desde o começo da pandemia da covid-19, o mercado de seguros de veículos também sofreu os impactos econômicos. Em especial, no segmento de seguros de automóveis e motocicletas.

De acordo com pesquisas da Insurtech, empresa de tecnologia do mercado de seguros, a procura por planos mais acessíveis de seguro começou em 2020. No entanto, com a continuação da pandemia e as suas incertezas, a tendência segue neste primeiro semestre de 2021.

Por exemplo, a empresa aponta que a contratação, na pandemia, de seguros com preços mais enxutos subiu 45%, ainda que os planos ofereçam menos benefícios ou coberturas.

Muitos donos de carros e de motos têm optado até mesmo por seguros que cobrem apenas furto e roubo. Isso porque o poder aquisitivo de muitos brasileiros despencou na pandemia. Além disso, muitas pessoas têm optado por deixar os veículos na garagem – seja por estarem trabalhando em home office ou para economizar com o combustível.

“Estes são os fatores que fizeram com que parte das pessoas acabasse abrindo mão do seguro compreensivo. Ou seja, que também cobre eventos de colisão”, explica o gerente de dados da Insurtech, Genildo Dantas.

Outra alteração no comportamento de donos de carros e motocicletas, observadas pelos profissionais envolvidos na pesquisa da Insurtech, é a opção pelo pagamento de seguros em mais parcelas, mesmo que o consumidor acabe arcando com um montante mais alto. “Antes da pandemia, 38% das pessoas parcelavam o seguro em dez ou mais parcelas. Enquanto isso, desde o início de 2021, este percentual passou dos 45%”, revela Dantas.

 

Foto: Unsplash

Cerca de 15% dos Brasileiros optaram por ficar sem seguro na pandemia

Além disso, a mesma pesquisa traz dados preocupantes. Na pandemia, desde o último trimestre de 2020, cerca de 15% de proprietários de carros ou de motocicletas não renovaram o seguro. No caso, 10% são donos de veículos usados e cerca de 5% de novos.

“A queda dos preços só não foi maior porque as seguradoras trabalham com visão de longo prazo. O preço de um seguro contratado hoje tem que levar em consideração a projeção para os próximos 12 meses. E existe muita incerteza pela frente”, esclarece Dantas.

De acordo com Dantas, reduzir o preço e até as coberturas de um seguro na pandemia é válido frente às incertezas na economia. No entanto, deixar o carro ou a motocicleta sem nenhum tipo de suporte é algo preocupante, em especial para a segurança dos proprietários.

Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Erica Franco
Escrito por

Erica Franco

Jornalista por formação com mais de 15 anos de experiência em redação geral e automobilística. Passagens pelo caderno "Máquina e Moto" do Jornal Agora São Paulo, Folha online, Jovem Pan, Uol, Mil Milhas, Revista Consumidor Moderno, Portal No Varejo, entre outros. Atualmente dedica-se a função de editora do portal Garagem360, apurando notícias do universo automotivo e garantindo o padrão de qualidade dos conteúdos veiculados.

ASSISTA AGORA