Motocicleta também precisa de manutenção preventiva

Fazer a vistoria de pneus, freios e corrente ajuda a evitar de acidentes

Em março, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) apontou que 8% dos acidentes com motocicletas estão relacionados à falta de manutenção preventiva. A entidade constatou ainda que os itens mais mal conservados nestes veículos são pneus (11%) e freios (7%).

Levando em conta estes dados, é notório que não são apenas os proprietários de carros que precisam ficar atentos às revisões. Para evitar dores de cabeça e garantir passeios seguros sobre duas rodas, as motos também necessitam de inspeções periódicas.

Segundo Fábio Juliato, gerente de marketing da Robert Bosch Brasil, empresa que fabrica componentes para o setor automobilístico, bateria, fluido de freio, velas de ignição e buzina são alguns dos itens que têm de ser analisados com cuidado e, em caso de anomalias, precisam de reparos ou trocas.

“A manutenção evita falhas mecânicas e, principalmente, problemas relacionados à segurança do motociclista no trânsito. Além disso, é fundamental abastecer o veículo em postos de combustível de confiança, já que os adulterados prejudicam a vida útil das peças, podendo provocar o superaquecimento delas e a carbonização dos eletrodos”, comenta o especialista.

Alexandre Gonçalves, porta-voz da Harley-Davidson, complementa que a checagem permanente do óleo do motor e do filtro de óleo também são indispensáveis.  “Em todas as revisões é fundamental que a motocicleta inteirinha seja analisada e serviços como aperto dos parafusos, verificação de freios e pneus e averiguação do sistema de iluminação sejam realizados”, diz.

Revisão

 |Foto: Pixabay

Primeira revisão da moto deve ser feita com 1.600 km |Foto: Pixabay

Ainda de acordo com o profissional, a primeira revisão deve ser feita quando a moto estiver com 1.600 quilômetros e, as demais, a cada 8 mil quilômetros rodados. “Por se tratar de veículo de duas rodas, é fundamental que o cliente siga fielmente às recomendações descritas no manual do proprietário, pois o risco de acidentes tendem a aumentar caso a prevenção não seja adotada”, relata Gonçalves.

Gutierre Neiva, mecânico de motocicletas há nove anos, recomenda que o fluido de óleo seja trocado a cada 10 mil quilômetros ou uma vez ao ano. “Outro ponto importante que não pode ser esquecido é a lubrificação da corrente, que deve ser feita toda semana. Isso é importantíssimo, pois diminui o desgaste excessivo da peça e auxilia na refrigeração do motor.”. O preço da manutenção preventiva na oficina onde ele trabalha, a Moto Storm, localizada em São Paulo, custa a partir de R$ 260.

Quanto aos pneus, os profissionais consultados para esta reportagem compartilham da mesma opinião: a pressão tem de ser verificada semanalmente. Ao serem calibrados de forma incorreta, os componentes tendem a furar com mais facilidade, comprometendo a dirigibilidade e, consequentemente, a segurança. Todos os dias ainda é sugerido checar o estado da banda de rodagem a fim de detectar qualquer anomalia.

No caso da bateria, a cada seis meses, mais ou menos, ela precisa ter o nível da água completado – o ideal é usar água destilada para não oxidar as placas metálicas – e uma vez ao ano tem de ser inspecionada. Os cabos de freio, acelerador e embreagem, por sua vez, periodicamente necessitam ser conferidos. Se estiverem desfiados ou descascados, é hora da troca.

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Talita Morais
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