Monza volta a ser vendido pela Chevrolet em 2025 com novo nome

O Chevrolet Monza ressuscita na China e vira Cruze em mercados como o Oriente Médio. Entenda a estratégia global da GM e por que o sedã não deve voltar ao Brasil.

Um nome que marcou a história automotiva brasileira está de volta, mas em uma roupagem e estratégia totalmente novas: o Chevrolet Monza. O icônico sedã dos anos 80 e 90, revivido pela General Motors (GM) na China, não deve, contudo, cruzar as fronteiras brasileiras. Em vez disso, ele se torna a peça central de um ambicioso plano global, sendo comercializado sob diferentes identidades, incluindo o familiar nome Cruze em regiões como o Oriente Médio.

Monza volta a ser vendido pela Chevrolet em 2025 com novo nome

Esse movimento da GM ecoa o histórico “Projeto J”, que na década de 1980 transformou o Monza em um veículo de alcance mundial, vendido sob diversas bandeiras como Opel, Vauxhall e Buick. Agora, o novo sedã segue a mesma lógica camaleônica.

O veículo, produzido exclusivamente na China, ganha diferentes nomes conforme o mercado, visando otimizar a aceitação e o posicionamento regional:

  • China: Mantém a denominação Monza.

  • México: É lançado como Cavalier.

  • Catar e Oriente Médio: Adota o nome Cruze.

Monza volta a ser vendido pela Chevrolet em 2025 com novo nome – Foto: Reprodução

Por dentro e por fora, a similaridade com o Chevrolet Cruze, que era fabricado no Brasil até 2024, é notável. Suas dimensões o colocam no segmento de sedãs médios, medindo 4,65 metros de comprimento e 2,64 metros de entre-eixos, com um porta-malas de 405 litros (ligeiramente menor que o antigo Cruze nacional).

Especificações e Tecnologia

O conjunto mecânico do sedã varia para atender às demandas de cada mercado:

  • Oriente Médio (Cruze): Equipado com um motor 1.5 aspirado, entregando 113 cavalos de potência, acoplado a um câmbio automatizado de dupla embreagem.

  • China (Monza): Oferece uma opção mais moderna, um motor 1.3 turbo híbrido leve, que atinge 163 cv e impressionantes 21 km/l de consumo em ciclo urbano. Essa versão turbinada acelera de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos, segundo dados da Chevrolet.

Sem Previsão de Retorno ao Brasil

Apesar da expansão global e da nostalgia do nome, o novo Monza não tem planos de voltar ao Brasil. O mercado nacional testemunhou uma profunda mudança de prioridades, com o segmento de sedãs médios perdendo espaço para a ascensão avassaladora dos SUVs.

A General Motors já reorientou sua estratégia local, concentrando investimentos em modelos de alto volume e eletrificação. O foco da montadora no Brasil continua sendo a linha renovada (Onix, Tracker, Montana, Spin e S10) e a crescente família de veículos elétricos importados, como o Blazer EV e o Equinox EV.

 

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Robson Quirino
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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.