Para baratear os custos dos carros, as montadoras sugeriram retirar os airbags, item de segurança obrigatório desde a medida do Contran de 2009. A partir do ano seguinte 100% dos carros 0 km no país passaram a ter uma série de itens de segurança.
Airbag é o item de segurança sugerido pelas montadoras
O que deveria ser oferecido pelo bom senso das fabricantes precisou de uma lei para ser instalado nos carros vendidos no Brasil. Já são mais de dez anos de obrigatoriedade, mas as montadoras cogitaram retirar os airbags para deixar os carros mais baratos.
Segundo o jornal O Globo, a sugestão era para automóveis vendidos por até R$ 60 mil. A proposta aconteceu durante as reuniões para tentar reduzir o preço dos carros. O governo descartou qualquer medida, visto que poderia gerar um grande desconforto.
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A intenção é trazer de volta o “carro popular”, barateando o preço médio dos veículos. Para isso, uma das indicações é retirar alguns itens de série, como são chamados os equipamentos e acessórios de fábrica, produzidos em larga escala e de forma padronizada.
“Cada montadora pode mexer um detalhe ou outro para que tenha mais competitividade ao seu corpo”, respondeu Márcio Lima Leite em entrevista a jornalistas em seminário promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Leite ressalta que itens de segurança, como barra de proteção nas portas não devem ser retirados dos modelos vendidos aqui, pois são essenciais para a segurança no trânsito.
“Os itens de segurança obrigatórios foram uma grande conquista para o consumidor e para sociedade; eles estão mantidos. Não há qualquer flexibilidade em relação à segurança veicular e, igualmente, não há qualquer flexibilidade em relação à questão ambiental e a um estímulo em caráter social em função do preço do veículo”, conclui.
Foco das montadoras pode ser outro
Recentemente a Peugeot passou a oferecer o 208 Like por R$ 69.900, um desconto de R$ 10 mil em relação ao preço original do veículo, no entanto retirou alguns itens de série, como central multimídia, volante com comando de voz, faróis de LED, entre outros, que passaram a ser oferecidos no pacote Tech Pack.
No entanto, nenhum deles é um item de segurança. Se a ideia é tornar o carro mais barato justamente para se tornar um modelo popular, alguns “sacrifícios” podem ser tomados, mas é um desrespeito com o consumidor retirar itens de segurança.
Entre os questionamentos dos usuários das redes sociais sobre a sugestão dada pelas montadoras estão as notas baixas em avaliações como as da Latin NCAP, organização que realiza testes de colisão para fornecer informações precisas sobre desempenho de segurança.
Clique aqui para entender mais sobre a proposta que prevê baratear os carros no País.
