Montadoras planejam processar GWM e BYD por estratégia de preços no Brasil

Anfavea entra com processo antidumping contra GWM e BYD, acusando práticas de preços abaixo do custo no mercado brasileiro.

Parece que a estratégia de preços da GWM e da BYD não está agradando muito as montadoras locais, considerando o aumento da concorrência quando o assunto são carros, principalmente os elétricos.

De forma mais clara, recentemente, um novo anúncio da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores mencionou a entrada de um processo antidumping contra as chinesas, representando, no total, 25 marcas tradicionais.

Que tal entender isso melhor? Acompanhe o Garagem360 e surpreenda-se!

Por que a Anfavea vai processar a GWM e BYD?

Bem, não é de hoje que a política de preços adotada pelas marcas chinesas, como a GWM e BYD, dão o que falar entre as montadoras locais, e de uma forma nada positiva.

Isto é, o que acontece é que as estratégias agressivas de preços da GWM e BYD impactam diretamente as vendas das montadoras nacionais, especialmente no segmento de veículos eletrificados.

O diferencial dessas marcas está justamente na capacidade de oferecer carros com tecnologias avançadas e preços muito mais acessíveis, se comparados aos modelos oferecidos pelas montadoras brasileiras.

Isso gera um grande desconforto, já que muitas dessas empresas com fábricas no Brasil consideram que os preços praticados pelas chinesas não refletem os custos reais de produção, o que pode configurar o dumping.

Foto: divulgação

Confira também: Chevrolet tem carta na manga para bater de frente com BYD Dolphin

O que é dumping?

O conceito de dumping está no centro da disputa, e acontece quando uma empresa vende seus produtos abaixo do custo de produção em um mercado estrangeiro, ela pode estar praticando uma competição desleal.

Isso acontece, muitas vezes, com o apoio de subsídios ou estratégias de precificação predatória, o que pode prejudicar a indústria local, dificultando a manutenção de empregos e até colocando em risco a viabilidade das fábricas nacionais.

A Anfavea, ao representar 25 marcas tradicionais do Brasil, portanto, acredita que a competição desleal no setor pode afetar a sustentabilidade da indústria automotiva brasileira no longo prazo.

O que dizem as montadoras?

Em resposta a esse movimento, tanto a GWM quanto a BYD refutaram a acusação de dumping e se mostraram confiantes de que estão agindo dentro das normas e regulamentações internacionais.

A GWM, por exemplo, ressaltou que segue as regras do comércio internacional e da legislação brasileira, enquanto a BYD destacou seu compromisso com a transparência e a ética, reforçando seu investimento na construção de uma fábrica no Brasil.

Dessa forma, ambas as marcas afirmam que seus preços são compatíveis com a qualidade dos produtos que oferecem, e que estão contribuindo para a modernização e crescimento da indústria automotiva no país.

Assim, apesar das defesas das montadoras chinesas, a pressão sobre as autoridades brasileiras continua. A Anfavea está buscando a intervenção do governo para que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) avalie as práticas de comércio das empresas chinesas.

Por fim, a questão já gerou discussões no cenário global, como o aumento das tarifas de importação de veículos elétricos pela União Europeia em 2024, um movimento que pode ser replicado no Brasil caso o processo antidumping seja bem-sucedido.

Aproveite para conferir: 5 melhores carros para PCD em 2025, segundo motoristas

↓E aí, gostou? Comente abaixo e deixe a sua opinião!↓

Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Entrar no canal do Whatsapp Entrar no canal do Whatsapp
Vitória Marques
Escrito por

Vitória Marques

ASSISTA AGORA