Montadoras aprovam nova medida que limita importação de carros elétricos e altera alíquotas

A importação de carros elétricos será limitada e sofrerá alteração nas alíquotas. Entenda as mudanças e como as montadoras reagem

O setor automotivo brasileiro vivencia uma importante mudança nas regras de importação de carros elétricos e híbridos. O governo federal, por meio do Comitê Executivo de Gestão (Gecex), decidiu antecipar a redução de tarifas de importação para carros elétricos e híbridos desmontados, o que foi apoiado pelas montadoras locais.

A medida envolve a fixação de cotas de importação com isenção de impostos e busca atender às necessidades das montadoras nacionais, especialmente aquelas em fase de instalação de novas fábricas, como a BYD.

Mas, afinal, o que está em jogo para as montadoras, consumidores e para o futuro da indústria de carros elétricos no Brasil? Acompanhe o Garagem360 para entender os detalhes dessa decisão e as implicações no mercado.

Como a limitação da importação de carros elétricos afeta o mercado?

E a novela dos carros chineses segue a todo vapor! A limitação da importação de carros elétricos vai impactar diretamente a competição no mercado brasileiro, especialmente com a presença crescente de marcas chinesas, como a BYD.

Importação de carros elétricos

Foto: Divulgação / BYD

O governo decidiu antecipar a elevação da alíquota de importação para 35% a partir de janeiro de 2027, o que ajuda a proteger as montadoras locais de uma concorrência desleal, segundo as associações de fabricantes. O objetivo é incentivar a instalação de mais fábricas no Brasil, incluindo a BYD, que já está investindo no país.

Com isso, o setor automotivo está dividido. De um lado, as montadoras como Toyota, Volkswagen e General Motors, que há anos estão instaladas no Brasil, aplaudem a medida, já que ela cria um equilíbrio no mercado.

Do outro, a BYD, que é uma das líderes no setor de carros elétricos, vê com restrições a limitação na importação, especialmente para veículos desmontados.

O que muda com a medida?

A princípio, a decisão do governo alterou o cronograma de transição para a elevação das tarifas de importação de veículos elétricos e híbridos.

Em vez de esperar até 2028 para o aumento das alíquotas para 35%, o novo prazo é janeiro de 2027, atendendo parcialmente aos pedidos das montadoras instaladas no Brasil, como a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

No entanto, o governo também decidiu criar cotas adicionais de importação com alíquota zero para carros desmontados (CKD) e semidesmontados (SKD), que poderão ser importados pelo valor de US$ 463 milhões, durante um período de seis meses.

Logo, esse ajuste foi visto como uma forma de compensar o fato de o governo não ter aceitado a redução total das tarifas para a BYD e outras empresas que estão em fase de instalação no Brasil.

Como isso afeta os consumidores?

Para os consumidores, essa mudança pode significar mais opções de carros elétricos nacionais no futuro, com preços mais acessíveis e mais modelos no mercado.

No entanto, a medida também pode causar elevações nos preços de veículos importados, já que a competição de marcas estrangeiras será afetada pelas novas regras de importação.

Importação de carros elétricos

Foto: Freepik

O governo busca, com essas ações, fortalecer a cadeia produtiva nacional e garantir mais investimentos internos, ao mesmo tempo em que oferece maior estabilidade para as montadoras que já estão instaladas no país, como a Volkswagen e a Stellantis.

Visão da BYD sobre a mudança

A BYD, uma das principais fabricantes chinesas de carros elétricos, não esconde sua insatisfação com as novas regras, especialmente a dificuldade em importar veículos desmontados.

A marca chinesa argumenta que a decisão limita a sua competitividade e impede que o país aproveite todo o potencial da indústria de carros elétricos. Enfim, a BYD ainda aponta que a medida pode prejudicar o acesso à classe média a preços mais acessíveis para veículos elétricos.

Comente abaixo: o que você acha da decisão sobre a importação de carros elétricos no Brasil?
Ela vai ajudar a indústria automotiva nacional ou prejudicar a competitividade das marcas estrangeiras?

Confira: Mal negócio? Redução de impostos para BYD pode causar 50 mil demissões no Brasil; entenda os impactos

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Kawane Licheski
Escrito por

Kawane Licheski

Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fez da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.

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