Na Porsche, os carros-conceito inovadores sempre lançaram as bases para o futuro. O fabricante de carros esportivos continua esta tradição com este último estudo de conceito. O Mission X é uma reinterpretação espetacular de um hipercarro, um protótipo com motor elétrico eficiente e de alto desempenho, além de um design arrebatador.
Conheça o carro-conceito elétrico Porsche Mission X
O Mission X é um carro de dois lugares que estreou na quinta-feira passada (8), à véspera da abertura da exposição ’75 Anos de Carros Esportivos da Porsche’, atualmente em cartaz no Museu da Porsche na cidade alemã de Stuttgart.
Medindo aproximadamente 4,5 metros de comprimento e dois metros de largura, o conceito Mission X é um hipercarro relativamente compacto. Com uma distância entre eixos de 2,73 metros, tem as dimensões dos Porsche Carrera GT e 918 Spyder. Para fins aerodinâmicos, o carro-conceito possui pneus de tamanho misto, com rodas de 20 polegadas na frente e rodas de 21 polegadas na traseira.
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“O Mission X é um claro compromisso com o núcleo da marca. A expressão contínua e aprimorada de nossa marca e identidade de produto é uma bússola importante para navegarmos no desenvolvimento de nossos modelos de produção em série. O estudo conceitual simboliza uma simbiose de DNA inconfundível do automobilismo com uma impressão geral luxuosa”, resume Michael Mauer, chefe de estilo da Porsche.
Elementos clássicos da marca foram reinterpretados
O Mission X representa o auge do desempenho e do luxo moderno. Ao mesmo tempo, sua forma esculpida e linhas musculosas demonstram que os hipercarros não precisam parecer agressivos.
A carroceria rebaixada, com menos de 1,2 metro de altura, tem acabamento em Rocket Metallic – uma elegante cor de tinta especialmente projetada para o protótipo. Elementos de design com acabamento em trama de carbono são encontrados abaixo da linha da cintura. Esses componentes são envernizados em acabamento acetinado e, portanto, levemente coloridos.
As rodas apresentam detalhes elaborados: o eixo traseiro é equipado com aeroblades (ou pás) quase transparentes, projetadas como se fossem turbinas, com o objetivo de fazer o resfriamento dos freios.
Uma cúpula de vidro leve com um exoesqueleto feito de plástico reforçado com fibra de carbono se estende sobre os dois ocupantes, tendo o efeito de visão panorâmica. As portas estilo Le Mans (ou “asas de gaivota”) estão presas ao pilar A e ao teto; abrem-se para a frente e para cima.
Outro atrativo é a assinatura de luz: para o Mission X, os designers reinterpretaram o característico gráfico de quatro pontos da Porsche. A forma vertical da base dos faróis foi inspirada em carros de corrida históricos, como o Porsche 906 e 908. Uma estrutura de suporte de alta tecnologia enquadra os módulos de LED e apresenta elementos estreitos das luzes diurnas (DRL) e indicadores. Quando ativada, a luz se abre como num piscar de olhos. Totalmente iluminados, os faróis transmitem confiança.
O modernizado emblema da Porsche faz sua estreia no Mission X
Uma unidade de luz de comprimento total na parte traseira do Mission X parece flutuar. A letras da palavra Porsche iluminadas e transparentes são um recurso de destaque. A luz traseira escultural emerge de uma estrutura de suporte moderna e se estende por toda a largura do veículo. Durante o carregamento, o ‘E’ pulsa.
Um detalhe especial é o brasão Porsche modernizado, que faz sua estreia no Mission X. Metal precioso escovado, uma estrutura tridimensional em forma de favo de mel, uma fera heráldica atualizada e uma cor dourada mais sutil – olhando de perto, essas são as diferenças entre o emblema modernizado e seu precursor imediato. No Mission X, essa marca foi aplicada no capô e no volante, bem como (em forma monocromática) nos centros das rodas.
O interior traz os conceitos de assimetria e de cores contrastantes. Os dois assentos têm cores diferentes. O estofamento de couro do passageiro tem a cor Andalusia Brown (marrom), enquanto o banco do motorista é Kalahari Grey (cinza), formando uma única unidade de cor com o console central e o painel.
Além das conchas de assento feitas de plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP) e dos cintos de segurança de seis pontos integrados à fuselagem monocoque, outros paralelos com o automobilismo incluem o volante aberto, que possui interruptores de modo e paddle shifts (as famosas borboletas para trocas de marcha).
Existem, também, várias câmeras a bordo. A gravação começa assim que o motorista pressiona o botão Gravar (REC) no controlador multiuso.
Para o Mission X, a Porsche Design criou um módulo de cronômetro especial com display analógico e digital. Os relógios são projetados para uso em pista e rali e podem exibir os tempos de volta ou dados vitais do piloto, entre outras informações.
Trem de força e desempenho de carregamento
No comunicado de apresentação do Mission X à imprensa, a Porsche não dá informações detalhadas sobre o trem de força que equipa o carro-conceito. Informa apenas que há uma relação peso-potência 1:1 – ou seja, o motor gera 1 cv para cada kg de peso do carro –, que os valores de downforce são “bem superiores” aos fornecidos pelo Porsche 911 GT3 RS, e que o Mission X seria o “carro de estrada” mais rápido no circuito de Nürburgring Nordschleife – hoje, esse posto pertence ao Mercedes-AMG One.
Sobre a bateria, esta tem desempenho de carregamento significativamente melhorado com sua arquitetura de sistema de 900 V, e pode ser recarregada na metade do tempo do atual líder da marca neste quesito, o Porsche Taycan Turbo S.
A bateria é instalada centralmente atrás dos assentos do veículo. Este layout centraliza a massa no carro. Tal como acontece com um carro com motor central convencional, isso fornece a base para uma excelente agilidade.
