IPVA Zero em SP tem “pegadinha”: projeto exclui a Honda CG 160 e outras líderes de venda
Governo de SP propõe isenção para motos até 150cc, mas deixa de fora a campeã de vendas. Veja quais modelos continuam pagando imposto
O Governo de São Paulo anunciou com pompa uma medida que prometia aliviar o bolso dos motociclistas: um projeto de lei enviado à Alesp (Assembleia Legislativa) para isentar o pagamento do IPVA de motos de baixa cilindrada a partir de 1º de janeiro de 2026. Porém, uma análise técnica do texto revela uma falha grave de conexão com a realidade do mercado brasileiro.
Acompanhe o Garagem360 e veja detalhes da proposta!
Motos de 150cc não vão pagar IPVA em SP?
Sim, o projeto estabelece a isenção para motos de até 150 cilindradas (cc). Porém, é exatamente aí que mora o problema. A intenção declarada é nobre: ajudar milhões de trabalhadores, especialmente entregadores de aplicativo, que usam a moto como ferramenta de sustento.
Mas ao fixar esse teto, o governo paulista automaticamente exclui a motocicleta mais vendida da história do país: a Honda CG 160. Embora seja considerada uma moto popular e de trabalho, o modelo atual da Honda possui motor de 162,7 cm³.
Ou seja, por uma diferença técnica de apenas 12 cilindradas, o dono da CG continuará pagando o boleto anualmente.
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Quais motos não estão isentas do IPVA?
A “linha de corte” proposta não atinge apenas a CG. Outros modelos extremamente populares nas ruas e garagens de São Paulo também superam o limite de 150cc e, pelo texto atual, não terão direito à isenção:
- Honda NXR 160 Bros: A queridinha para enfrentar a buraqueira urbana.
- Honda PCX 160: A scooter mais vendida do país.
- Yamaha NMax 160: A principal concorrente da PCX.
- Haojue DK 160: Opção crescente entre entregadores.
O que diz o Governo?
O governador Tarcísio de Freitas defende que a medida visa garantir mobilidade e renda, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal. O texto agora tramita em regime de urgência na Alesp.
Resta saber se os deputados estaduais apresentarão emendas para ampliar o teto para 160cc ou 170cc, corrigindo essa distorção e incluindo de fato a grande massa de trabalhadores motorizados que o projeto diz querer beneficiar.
Foi falta de conhecimento de mercado ou estratégia para não perder arrecadação? Você acha justo a CG 160 ficar de fora da isenção? Comente!
Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fiz da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.
