IPVA 2022 mais caro também para caminhões; saiba o por quê!
O IPVA 2022 também ficará mais caro para os caminhões. A alta procura por modelos do segmento fez com que os preços aumentassem em 2021.
Engana-se quem acha que o aumento do IPVA 2022 será exclusivo para os carros. Os caminhões também terão reajustes elevados no imposto para o próximo ano. Entenda!
IPVA 2022 será mais caro para os caminhões
Assim como os veículos de passeio, os caminhões também terão o Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores mais caro em 2022. O motivo do tributo encarecer para o segmento é basicamente o mesmo dos carros: a alta na precificação do produto.
Como exemplo, segundo dados da Fenabrave, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, a Fenabrave, o caminhão da categoria de pesados que mais emplacou unidades em 2021 foi o Volvo FH 540. No acumulado do ano, o modelo registrou 7.945 unidades entre janeiro e novembro, o que representa uma participação de marcado de 13,56%.
No ano passado, o caminhão (ano/modelo 2020) custava R$ 490.457, no entanto, o mesmo modelo, com a mesma versão, já tem preço de R$ 672.467, de acordo com a Fipe. Alta de R$ 182.010 mil.
Dessa forma, como já explicado pelo Garagem360, em matérias anteriores, se aumenta o valor do veículo, seja ele de qual for a categoria, o valor do tributo também aumentará. Tendo em vista que, assim como os carros, os caminhões são calculados com base no valor venal do modelo de acordo com os dados da Tabela Fipe.
Em São Paulo, por exemplo, a valor da alíquota para calcular o tributo do caminhão é de 1,5%. No entanto, para o segmento de caminhões, o percentual de calculo varia de 1% a 2%.
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Demanda de caminhões em alta fez os preços dispararem
Em 2021, a alta procura por caminhões fez com que o preço das unidades subissem exponencialmente. Entre os fatores está o bom momento do agronegócio no país. Mesmo com as faltas de componentes automotivos nos polos fabris, as montadoras estão otimistas em relação ao setor.
“Enfrentamos dificuldades em toda a cadeia de fornecedores. Apesar disso, passamos por um momento um tanto ‘mágico’ com o aumento expressivo em todos os segmentos em que atuamos: nas vendas de semipesados, crescemos 79%, de pesados, 61%, e na de médios, 95%”, afirma Márcio Querichelli, líder da IVECO na América do Sul, em comentário ao portal Exame.
A produção de caminhões no mercado nacional também foi afetada com a falta de insumos nas linhas de montagem. No entanto, a alta procura conseguiu amenizar os impactos no setor.
Segundo o último levantamento da Fenabrave, os emplacamentos no acumulado do ano, entre janeiro e novembro, já está positivo em 48,66% no comparativo com o mesmo período de 2020. Além disso, outubro de 2021 também registrou melhoras no sobre o mesmo mês do ano passado. Nesse caso, a alta é de 39,20%.
“O mercado de Caminhões se mantém positivo e os emplacamentos vão seguindo a capacidade de entrega das montadoras. Alguns modelos, como os extrapesados, já estão com previsão de entrega para o fim do 1º semestre de 2022”, afirmou o presidente da Federação, Assumpção Júnior.
Com informações de OESP
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.