Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (21), os trabalhadores da General Motors, em São José dos Campos, rejeitaram a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PRL) apresentada pela empresa.
Funcionários da GM rejeitam PRL proposta pela empresa
Considerada irrisória e inferior ao valor pago em 2023, a proposta de R$ 17.028 fere o direito dos trabalhadores à justa remuneração pelo trabalho.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, a GM ofereceu PLR de R$ 17.028, valor abaixo do reivindicado pelos metalúrgicos e inferior ao do ano passado. Em 2023, a montadora pagou R$ 18.008, que também incluía o abono.
As reivindicações por uma PLR maior começaram no último dia 7, quando os funcionários aprovaram a pauta em assembleia. Desde então, foram quatro reuniões com a direção da empresa, no entanto não houve consenso sobre repasses e metas.
Uma nova rodada de negociações está marcada para quarta-feira (22). Ainda segundo o Sindicato, os trabalhadores exigem, além da PLR maior, que o pagamento da primeira parcela seja feito ainda em maio.
“Os metalúrgicos da GM não aceitam metas abusivas e rebaixamento do valor. A assembleia de hoje demonstrou que os trabalhadores estão dispostos a ir à luta”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano.
Qual foi o lucro da GM?
Nos últimos quatro meses de 2023, a GM registrou lucro líquido de 2,1 bilhões de dólares (R$ 10,38 bilhões), um aumento de 5% de crescimento em relação ao mesmo período de 2022, quando foi registrado o lucro líquido de 1,99 bilhão de dólares (R$ 9,88 bilhões).
Em 2023, a montadora obteve um lucro de 10,1 bilhões de dólares, alta de 2% na comparação com 2022. Além disso, seu faturamento também apresentou alta de 9,6% entre janeiro e dezembro de 2023.
Demissões por telegrama
Na primeira sexta-feira do mês (3/05), cerca de 50 funcionários da planta de São José dos Campos receberam em suas casas um telegrama informando suas demissões.
Leia também:
GM segue os passos da Ford e resolve sair de 2 países da América do Sul – BR está em risco?
No documento enviado, a empresa detalha o desligamento: “considerando o final da sua licença remunerada, conforme previsto no acordo coletivo firmado no segundo semestre do ano passado, solicitamos o seu comparecimento para as providências administrativas relacionadas ao término do seu contrato de trabalho”.
Em nota, a empresa afirmou que as demissões fazem parte do processo de adequação de empregados. Também informou que “o tema foi amplamente discutido, inclusive com a oferta de um plano de demissão voluntária”.
Atualmente a unidade de São José do Rio Preto da GM produz os modelos Trailblazer, S10, além de componentes para outros veículos da marca.
