Furto de carros no Brasil por hackers: crime cresce no País; entenda
Veja nova tática usada por criminosos para realizar o furto de carros no Brasil. Sistema de chave presencial tem mostrado vulnerabilidade.
A cada novo período de tempo, novas tendências surgem no mercado, sejam elas positivas e negativas, como novas táticas de crime para o furto de carros. A nova prática é o “relay attack”, sistema de hacker que clona o equipamento de chave presencial, veja.
Sistema de chave presencial aumenta o nível de furto de carros
Com o passar do tempo, novos itens de tecnologia são desenvolvidos para gerar maior conforto, segurança e conveniência aos motoristas e passageiros do veículo. Entre eles, está o sistema de chave presencial, o keyless.
No entanto, o que era para ser algo mais cômodo, pode também gerar dor de cabeça. Nesse caso, o sistema tem apresentado vulnerabilidade, tendo em vista a crescente alta no número de sistemas de hackers que consegue driblar a segurança do veículo.
Para entender melhor, o sistema de chave presencial funciona através de um código, o mesmo é usado na chave e no veículo.
Quando o motorista aproxima a chave do carro, a compatibilidades dos dados faz com que o sistema seja destravado.
Com isso em mente, o criminoso desenvolve um dispositivo capaz de roubar ou reproduzir o código da chave.
Em seguida, essa informação é repassado para um outro aparelho, como um smartphone, por exemplo. Por fim, o mesmo é usado para destravar o veículo, com a simples aproximação.
Nesse caso, é válido lembrar que além de destravar o carro, a chave presencial também serve para ligar o veículo.
Ou seja, se o criminoso tem o smartphone que possui o código roubado, ele pode facilmente destravar o carro, entrar no veículo, e através do botão de partida, ligar o veículo e sair tranquilamente.
A prática começou a ganhar força na Europa há alguns anos, quando a tecnologia da chave presencial se popularizou e integrou grande parte dos veículos vendidos por lá. No entanto, a tática tem sido usada por ladrões no Brasil também.
Geralmente, o crime é cometido por duas pessoas, uma se aproxima da pessoa que está em posse da chave presencial para roubar o código do objeto, enquanto a outra já está posicionada perto do veículo para receber os dados e realizar a ação e fugir com o carro.
Na maioria das vezes, a vítima não percebe o que acontece. Só se dá conta, quando ambos já fugiram.
Tática é usada por criminosos no Brasil
Durante o último domingo, 08 de março, a reportagem da Record TV, apurou um caso em que dois Jeep Compass foram furtados usando a mesma técnica citada.
Ao Uol, o especialista em segurança cibernética, Ricardo Tavares, explicou que a tendência é que a técnica usada para realizar os furtos, só cresça.
“Estou certo de que esse é apenas o início de algo que vai se tornar muito maior no Brasil. A quantidade de veículos vulneráveis a essa técnica já é grande no País e irá crescer. Hoje é mais fácil furtar um carro keyless do que um convencional e isso fomenta esse tipo de ação criminosa.”
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.