Ford usa água, café, lama e até graxa em testes de veículos
Montadora norte-americana avalia minuciosamente o interior dos carros antes de enviá-los às lojas
“Verdadeiros Sherlock Holmes”. É com esse termo que a Ford caracteriza os funcionários responsáveis por tentar encontrar resquícios de danos causados por café, graxa, lama, produtos químicos corrosivos e até removedores de esmalte nos bancos dos automóveis. Para provar isso, a empresa lançou um vídeo detalhando as etapas.
Localizado em Dunton, no Reino Unido, o centro de testes utiliza até um quilo de café por ano (cerca de 130 xícaras) durante o experimento. A instalação também avalia se o transporte de animais de estimação pode causar alguma deterioração ao interior.
https://www.youtube.com/watch?v=mSNE61Zg3Mc&feature=youtu.be
Segundo Robert Luetzeler, gerente de Engenharia de Materiais da empresa em Colônia, na Alemanha, “é preciso ser um pouco Sherlock Holmes para entender exatamente como os danos acontecem e como podem ser evitados ou reduzidos”. O profissional também afirma que os processos avaliadores evoluem continuamente para atender as mudanças nas tendências de uso.
Entre as principais “provas de resistência” que os carros são obrigados a passar antes de serem aprovados estão molhar o tecido com água e deixar secar para observar se há manchas, bater uma bola dez vez mais pesada que uma de futebol em superfícies de plástico, esfregar tecidos 60 mil vezes para checar desgaste e submeter os materiais à luz ultravioleta durante 156 dias seguidos para simular cinco anos no sol mais intenso da Terra.
Rodrigo Loureiro é repórter do site Garagem 360 e da Agência Entre Aspas. Em 2014 atuou na redação do portal UOL Esporte e também já escreveu para as editorias de tecnologia e turismo de outros portais e publicações.