Ford Corcel 50 anos: relembre a trajetória do modelo no Brasil

Projeto inicialmente encabeçado pela Willys-Overland, o Ford Corcel foi o primeiro médio lançado pela marca americana no Brasil. Há 50 anos, em 1968, o modelo começava a ser vendido no Brasil. Foram 18 anos em linha e mais de 1,4 milhão de unidades produzidas. O modelo constituiu família e teve como derivados a perua Belina, o sedã Del Rey, a perua Del Rey Scala e a Pampa.

Quer ganhar um e-book exclusivo com dicas para cuidar melhor de seu veículo? Assine nossa newsletter neste link.

Embora tenha sido vendido pela Ford, o Corcel na realidade era um projeto da Renault. Na época, a Willys produzia alguns veículos da marca francesa sob licença. Por conta disso, as duas companhias trabalhavam para dar ao Renault R12 uma nova carroceria que combinasse mais com a preferência nacional.

LEIA MAIS: Essas são as 50 picapes mais vendidas no mundo em 2018 (até agora)

Populares, SUVs já lideram financiamentos de veículos no Brasil

O novo carro já estava bem encaminhado quando, em 1967, a Ford compra a Willys-Overland do Brasil. Em vez de abrir mão do modelo, a montadora decidiu vendê-lo com sua bandeira. Assim nascia o Corcel brasileiro. A Belina, primeiro derivado, nasceu em 1970. Um ano antes, o veículo já tinha ganhado como opção a carroceria cupê de duas portas. Também em 1969 surgia a esportiva GT, com teto de vinil, rodas especiais, faixas pretas no capô e nas laterais.

Ford Corcel II

No final de 1977 surgia o Corcel II. Por mais que utilizasse a mesma plataforma, ele trazia uma carroceria totalmente nova de duas portas. Por ser mais larga e mais baixa ela fazia o carro parecer maior, apesar de ter praticamente o mesmo comprimento. As versões eram L básica, a LDO de luxo e a esportiva GT.

Esse modelo foi um dos primeiros carros nacionais movidos a etanol. Em 1980 ele passou a ser equipado com o propulsor 1,6 que queimava o combustível vegetal. Nesse mesmo ano, a linha atingiu a marca de um milhão de unidades produzidas.

Em 1984, o Corcel II passou a contar com o motor 1.6 CHT, nas versões a gasolina e a álcool. Outra grande inovação era a garantia de três anos contra corrosão, então a maior do mercado. Toda a linha foi reestilizada em 1985 e perdeu o “II” do nome, até o encerramento da produção em 1986.

Ford Del Rey

A Ford procurava um sucessor para o Galaxie Landau no começo dos anos 1980. A solução veio em 1981, quando o Del Rey foi lançado. O sedã de luxo também era derivado do Corcel e teve versões de duas e quatro portas.

Em 1982 a linha gerou a picape Pampa, que também teve o nome inspirado em cavalos e fez muito sucesso. No ano seguinte, surgiu outra perua derivada da família, a Del Rey Scala, que depois viria a se chamar Belina.

O Del Rey e Belina ficaram em linha até 1991, quando foram substituídos pelo Versailles e pela Royale. Ambos eram clones da dupla Santana/Quantum da Volkswagen, por conta da Autolatina. Já a Pampa resistiu bravamente até 1996, quando deu espaço para a Ford Courier, picape baseada no Fiesta.

 

Leo Alves
Leo AlvesJornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.
ASSISTA AGORA
Veja mais ›
Fechar