Fluido de freio é imprescindível para o bom funcionamento do carro

Item custa pouco e é responsável por acionar os mecanismos que darão início à frenagem do veículo

Já imaginou pisar no freio e o sistema de frenagem não responder com a eficácia que se espera? Ou notar que a luz que indica o acionamento do freio de mão está acesa ou piscando mesmo com o carro em movimento? Essas são apenas algumas situações que podem ocorrer por conta da falta ou de problemas relacionados ao fluido de freio.

O item, que custa em média R$ 20, tem a função de fazer o sistema hidráulico de frenagem trabalhar e fica localizado no reservatório que, por sua vez, liga-se ao cilindro mestre. Sem ele, o carro não consegue desempenhar a ação de parada, já que o funcionamento do mecanismo é feito de forma sequencial.

“Ao pisar no freio, aciona-se o sistema que libera vácuo, fazendo com que o fluido empurre os pistões que irão pressionar as pastilhas de freio para, então, realizar o movimento de parada do veículo”, explica Francisco Satkunas, engenheiro mecânico e conselheiro da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil).

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Animação mostra como o fluido de freio atua no sistema interno | GIF: KDS444/Wikimedia

Pelo o que consta na maioria dos manuais dos automóveis, a troca do produto deve ser feita, em média, a cada dois anos ou após 10 mil quilômetros rodados. Não é por causa disso, porém, que a verificação visual não se faz necessária. “Apenas olhar o compartimento já basta para saber se houve algum vazamento ou se o nível está baixo”, relata o especialista.

Para isso, basta abrir a tampa do capô, mas com o carro desligado, e verificar o reservatório (que, na maioria dos modelos, é transparente). Não é preciso e nem recomendável desrosquear a tampa. Por conta de seu alto potencial higroscópico (de fácil absorção da umidade do ambiente), ele pode ser contaminado pelas partículas úmidas do ar.

Completar pode ser prejudicial

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Reservatório do fluido é transparente para facilitar a verificação | Foto: Divulgação/Wikimedia

Diferentemente do óleo, do combustível e da água, o fluido de freio não pode ser completado regularmente. Ao contrário dos outros componentes, o nível deste não diminui com o tempo, mas, se diminuir, então é hora de procurar uma oficina. Quando isso acontece, o veículo geralmente está com algum vazamento indevido ou já desgastou as pastilhas de frenagem ao ponto em que o fluido está sendo usado pelo carro para compensá-las.

Para Satkunas, a medida de preencher o líquido faltante só deve ser adotada em casos de emergência. O engenheiro afirma que em uma situação em que as pastilhas estão extremamente gastas e sem possibilidade de substituição imediata, completar o fluido torna-se a única solução para continuar o trajeto. Ele alerta, no entanto, que assim que o motorista encontrar uma oficina, é imprescindível fazer a sangria completa do fluido e a troca das pastilhas.

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Rodrigo LoureiroRodrigo Loureiro é repórter do site Garagem 360 e da Agência Entre Aspas. Em 2014 atuou na redação do portal UOL Esporte e também já escreveu para as editorias de tecnologia e turismo de outros portais e publicações.
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