O mercado automotivo segue em alta, impulsionado principalmente pelo crescimento do financiamento de veículos. De acordo com dados da B3, em julho foram financiadas 626 mil unidades entre novos e usados.
Esse montante agrega autos leves, motos e pesados em todo o país e representa um crescimento de 27,2% em relação ao mesmo período de 2023 e de 7,2% em relação a junho deste ano.
Financiamento de veículos cresce 27,2%
Com os números de julho, o setor apresentou o maior volume de financiamentos desde dezembro de 2013. Todos os segmentos contribuíram para o crescimento:
- Autos leves – apresentaram alta de 26% ante julho de 2023 e de 11,3% comparado a junho.
- Veículos pesados – cresceu 28,1% na comparação com julho de 2023 e 10,8% em relação a junho.
- Motocicletas – O número de motos financiadas no mês foi 32% maior do que em julho de 2023, mas apresentou uma leve queda de 5% em comparação a junho.
“Os resultados de julho apresentaram um ritmo forte, semelhante ao desempenho observado no primeiro semestre deste ano. Fechamos o mês com o maior número de veículos financiados desde dezembro de 2013”.
“É importante ressaltar que há uma questão de sazonalidade devido aos três dias úteis a mais em comparação ao mês anterior. No entanto, o mercado de financiamento de veículos continua aquecido”, ressalta Gustavo de Oliveira Ferro, gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado na B3.
Acumulado do ano
De janeiro a julho de 2024, o número de financiamento de veículos chegou ao volume de 4 milhões de unidades, um aumento de 24,3% em relação ao mesmo período de 2023.
Isso representa cerca de 793 mil unidades a mais, a melhor marca para os sete primeiros meses do ano desde 2011.
O destaque fica por conta do segmento de automóveis e comerciais leves novos, que registrou um crescimento de quase 20%, com mais de 100 mil veículos financiados”, finaliza Gustavo de Oliveira.
É a hora de financiar carro?
Se você não puder esperar um pouco mais, é sim. Agora se puder esperar alguns meses, o cenário econômico pode melhorar, reduzindo assim as taxas de juros – consideradas altíssimas.
Em 2023, a inadimplência dos financiamentos de veículos foi de 5,4% e a taxa Selic foi fixada pelo BC em 13,25% ao ano. No entanto, o consumidor pagou 13% de spread – diferença da Selic para o juro final.
Em 2024, o risco de inadimplência caiu para 4,5%, assim como a Selic que foi para a 10,5%, mas as instituições cobram spread de 15%, ou seja, elas estão cobrando mais.
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Portanto, é necessário esperar por essa adequação, principalmente por fatores que podem reduzir os juros, como a redução da taxa de desemprego para 6,75% e o Marco das Garantias, que desburocratiza e torna mais rápido o processo de retomada em caso de inadimplência.