Faliu? Nissan fecha fábricas e demite 20 mil funcionários
Faliu? Nissan fecha fábricas e demite 20 mil funcionários. Veja como está a situação da marca japonesa e seus planos para o futuro.
A Nissan apresentou seu plano de reestruturação para evitar a falência. A marca japonesa vai fechar sete fábricas e demitir aproximadamente 20 mil funcionários até 2027, um número que supera a previsão anterior de 9 mil postos de trabalho.
A Nissan vai falir?
Falir não vai, mas o programa de recuperação revela a urgência da montadora em se adaptar a um cenário de mercado cada vez mais desafiador e competitivo.
Batizado de “Re:Nissan”, o programa visa reduzir a capacidade produtiva da empresa de 17 para 10 plantas industriais.
Os fechamentos devem se concentrar nos Estados Unidos, onde a Nissan opera três fábricas e emprega cerca de 16 mil trabalhadores, e no Japão, com o cancelamento de uma unidade voltada para o desenvolvimento de baterias em Kyushu, entre outras plantas ao redor do mundo.
Para orquestrar essa complexa operação, uma equipa dedicada de 300 pessoas será focada exclusivamente em iniciativas de redução de custos. Além disso, a cadeia de fornecedores passará por uma reformulação para garantir maior volume com menos parceiros, otimizando a logística e a eficiência.
Menos complexidade, mais eficiência
O plano “Re:Nissan” ainda detalha uma série de medidas para enxugar a operação da montadora. Entre elas, a redução da complexidade de peças em 70% e racionalizar sua estratégia de motores.
Outro objetivo é encurtar o tempo de desenvolvimento de veículos de 37 meses para 30, acelerando a chegada de novos produtos no mercado. Até 2035, a Nissan planeja usar apenas sete plataformas globais, atualmente, conta com 13.
Essa padronização de plataforma visa otimizar o uso de componentes, reduzir custos de engenharia e acelerar o processo de desenvolvimento.
As raízes da crise
A Nissan tem enfrentado um declínio gradual em mercados importantes ao longo da última década. De acordo com Ivan Espinosa, o novo presidente e CEO, a empresa precisa priorizar melhorias internas com maior urgência, buscando uma lucratividade menos dependente de volume.
A lentidão em reagir a novos concorrentes, assim como a demora em expandir sua oferta de veículos elétricos após o pioneirismo da primeira geração do Leaf são apontadas como fatores cruciais para a situação atual.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a montadora que por muito tempo dominou o segmento de sedans junto com Honda e Toyota, não reagiu rapidamente à queda na popularidade desse tipo de veículo, e também não atualizou seus SUVs com a agilidade necessária para o mercado.
No Brasil, nenhuma mudança por enquanto. Por aqui a marca prepara o lançamento da nova geração do Kicks já em produção em Resende, no Rio de Janeiro.
Eai, será que a Nissan vai falir? Responda nos comentários!
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.