Parece que a sorte está jogando contra as montadoras de veículos. A Hyundai Motor do Brasil anunciou que terá que adiar o retorno das produções em sua fábrica mais uma vez. A volta de dois turnos (segundo e terceiro) da fábrica estava marcada para segunda-feira (12), porém uma nova data precisou ser marcada. O motivo ainda continua sendo a falta de semicondutores.
Fábrica da Hyundai paralisada
A informação é do site Automotive Business. De acordo com um comunicado divulgado pela marca, a paralisação irá até o dia 26 de julho. No mesmo documento, eles afirmam que a volta do primeiro turno está mantida para o próximo dia 15. “A empresa segue monitorando a situação e tomará as medidas necessárias para adaptar os volumes de sua produção conforme as condições de fornecimento de peças a cada semana.”.
Nos últimos dois meses, a fabricante norte-coreana vem sofrendo diversos problemas em sua planta localizada em Piracicaba-SP. Os consecutivos adiamentos estão acontecendo desde o fim do mês de maio. Primeiramente, no dia 31 de maio, o terceiro turno da produção suspendeu suas atividades. Depois foi a vez do segundo turno a ser paralisado, no dia 17 de junho.
A previsão de volta era para o dia 30 daquele mês, porém ela teve que ser remarcada para essa segunda-feira (12). Vale lembrar que no meio do caminho, o primeiro turno foi suspenso. Até a próxima quinta-feira (15). Ou seja, já faz uns dias que a fábrica está totalmente parada. Agora, ficaremos na espera para ver se a marca irá voltar no dia marcado. A única coisa que sabemos é que se der tudo certo, a produção será normalizada até o fim deste mês.
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A expectativa também é para ver como a situação irá afetar as vendas da marca. O HB20, por exemplo, foi o quarto veículo mais vendido do primeiro semestre em todo o Brasil. Inaugurada em 2012, a fábrica da Hyundai é responsável fazer outros modelos, como o HB20S, o HB20X e o Creta.
Os números da crise
A falta do componente atingiu não atingiu em cheio só a montadora da Coréia do Sul. Ela afetou a produção de veículos em todas as partes do mundo. Um dos casos mais exemplares é da Chevrolet daqui do Brasil. A fábrica em Gravataí-RS, onde são feitos o Onix, Onix Plus e o Tracker já está paralisada há um bom tempo.
Mais recentemente, foi a vez da Volkswagen a ter que dar uma pequena parada por conta da falta dos semicondutores. Honda, Nissan, Ford e Mercedes-Benz são os exemplos de outras fabricantes que fizeram o mesmo.
Um estudo feito pela consultoria norte-americana Auto Forecast Solutions ajuda entender o tamanho da crise. De acordo com ela, das oito marcas (14 fábricas ao todo) que foram afetadas, a Chevrolet deve ser a mais afetada, já que tende a deixar de de produzir 161 mil veículos. A segunda colocada seria a Volkswagen, com a não produção de 32 mil carros. Fechando o top 3 estão as fábricas das montadoras do grupo Stellantis.
Por fim, ao todo, o levantamento diz que o número de veículos que podem deixar de sair das fábricas é de 220 mil. Vale ressaltar que são números contados desde o mês de março e estimam o prejuízo até o final de julho.
