A Hyundai concluiu a venda de uma fábrica na Rússia por um valor extremamente baixo no último fim de semana: R$ 540. Entenda.
Hyundai vende fábrica quase de graça
A Hyundai Motors vendeu uma unidade de produção da marca na Rússia para a empresa Art-Finance por um equivalente a R$ 540.
É isso mesmo, você não leu errado ou esta matéria não se confundiu, a negociação teve esse desfecho por conta do cenário instável de industrialização no país russo devido aos conflitos com a Ucrânia.
Dessa forma, a Hyundai repassou a planta situada em São Petersburgo por 10 mil rublos, que na conversão simples, representa cerca de R$ 540.
O acordo que contém todos os ativos, no entanto, prevê a possibilidade de recompra do local pela montadora coreana no prazo de até dois anos, através de uma cláusula.
Esse seria um tempo médio para que a situação voltasse a ficar propícia para fabricação de veículos no país. Até lá, a Hyundai está fora de ação na Rússia.
Fábrica em São Petersburgo
A fábrica repassada pela Hyundai para a Art-Finance possui capacidade para a produção de 200 mil veículos por ano.
Desde março de 2022, porém, as atividades na planta estão suspensas, logo após a invasão russa ao território ucraniano.
Na unidade eram fabricados modelos como: Solaris e Creta, além do Kia Rio. Vale lembrar que a Kia pertence à Hyundai.
Saída de montadoras da Rússia
A Hyundai não é a única fabricante de veículos a tomar a decisão de sair da Rússia, pelo menos por enquanto.
O mesmo movimento foi realizado há pouco tempo por Renault, Volkswagen e Toyota, para citar três das principais montadoras globais.
Assim como fez a Hyundai, as fabricantes têm optado por migrar a produção para outras regiões e repassar as operações em solo russo para o governo ou empresas locais.
Queda brusca de vendas da Hyundai
Principalmente Hyundai e Kia vêm sofrendo consequências catastróficas na Rússia após a deflagração do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Antes líderes do mercado russo, as montadoras coreanas quase não venderam nos últimos meses.
Em 2022, a Hyundai vendeu apenas 45 mil veículos durante todo o ano, o que representa uma queda de 75% em relação a 2021.
Mais do que isso, a debandada de montadoras tradicionais foi o cenário ideal para a chegada de fabricantes chinesas de veículos elétricos, que desfrutam de vantagem momentânea para domínio do segmento no país.