Fábrica da BYD no Brasil inicia operações com a produção do Dolphin Mini
Fábrica da BYD no Brasil inicia operações com a produção do Dolphin Mini. Veja o que já sabemos sobre a nacionalização da marca.
A BYD não sai das páginas de notícias automotivas. Semana passada trouxe 7 mil carros em seu navio, foi acusada pelas concorrentes chinesas por ter reduzido os preços dos seus carros e no Brasil anunciou o início da produção de seus carros na Fábrica da BYD em Camaçari – Bahia.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da BYD Brasil, Alexandre Baldy, a produção na fábrica de Camaçari começa no dia 26 de junho de 2025, às 9h. Mas quais carros serão produzidos aqui?
Quais carros vão ser produzidos na fábrica da BYD no Brasil?
Oficialmente apenas o BYD Dolphin Mini está confirmado para a produção local. No entanto, indícios mostram que outros três veículos já estão cotados para a linha de montagem.
“Nós teremos outros [três] modelos que serão anunciados lá no dia 26 de junho. Eles serão fabricados [montados] em 2025 em Camaçari, na Bahia, aqui no Brasil”, afirmou Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD no Brasil, ao IstoÉ Dinheiro Entrevista.
Além do Dolphin Mini, sucesso de vendas no país, a marca planeja produzir a linha Song, atualmente o veículo híbrido mais vendido por aqui.
O modelo é um SUV que recentemente chegou com uma pequena reestilização. O Song Plus 2026 traz a nova tecnologia DM-i, que combina o motor a combustão 1.5 gasolina (110 cv / 13,2 kgfm) + motor elétrico (180 cv / 32,3 kgfm). Ao todo são 235 cv de potência combinada.
Outra aposta é o Yuan Pro, outro SUV, mas este 100% elétrico. Seu motor gera 177 cv e torque de 29,5 kgfm, associado a uma bateria que oferece a autonomia de até 350 km em uso urbano leve.
O quarto veículo é o já conhecido Dolphin GS.
Denúncias atrasaram o início da produção
Em maio, o Ministério Público do Trabalho (MPT) formalizou uma denúncia de suspeita de trabalho escravo e tráfico humano no canteiro de obras da Fábrica de Camaçari.
De acordo com a denúncia, os operários chineses estavam alojados em condições precárias, em alojamentos lotados, com camas sem colchão, com tempo de espera para uso do banheiro de mais de duas horas e sem descanso semanal.
Além disso, seus passaportes foram retidos pela empresa terceirizada contratada pela BYD, a China JinJiang Construction Brazil e Tonghe Equipamentos Inteligentes do Brasil (atualmente denominada Tecmonta Equipamentos Inteligentes Brasil).
O MPT condenou a BYD a pagar uma indenização por danos morais e coletivos de R$ 257 milhões, mais uma indenização individual equivalente a 21 vezes o salário contratual e uma quantia por cada dia a que o trabalhador foi submetido a condição análoga à de escravo.
Em resposta, a montadora informou estar colaborando com Ministério Público do Trabalho “desde o primeiro momento”, e reafirmou seu compromisso com os direitos humanos e trabalhistas.
Alexandre Baldy também se manifestou e disse que o processo não muda os planos de iniciar a produção nacional dos carros ainda em junho.
“Agora que fomos incluídos formalmente no processo, vamos apresentar nossa defesa nos termos da lei”, finalizou Baldy.
Eai, o que achou dos carros que a BYd vai produzir no país? Responda nos comentários!
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
