Diversas marcas já anunciaram seus prazos para o fim da venda de carros novos a gasolina. Agora, foi a vez da União Europeia tomar uma decisão importante sobre o assunto. A proibição de veículos movidos a combustão a partir de 2035 foi aprovada pelo Parlamento Europeu na última quarta-feira (08/06). Isso afeta também carros híbridos.
A partir de 2035, a venda de carros a gasolina (e a diesel) não será mais permitida na Europa
Este é um acontecimento importante, visto que se trata de algo que afeta diversos mercados de automóveis importantes. De acordo com informações do próprio Parlamento Europeu, a medida foi aprovada com 339 votos a favor. Enquanto isso, 249 deputados europeus votaram contra. Sem falar que houve 24 abstenções.
Agora, a proposta seguirá para o Conselho Europeu fazer uma análise. Quem irá debater o assunto será a Comissão Europeia e o Parlamento. Lembrando que haverá uma reunião do Conselho de Meio Ambiente da União Europeia no dia 28 de junho. A expectativa é que uma decisão final e a criação da lei aconteçam neste ano.
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A proposta, que foi votada e aprovada, tem um objetivo claro e importante: a proibição da venda de veículos movidos a combustão a partir de 2035 nos países do bloco. A venda de carros híbridos (HEV, MHEV e PHEV) também seria proibida. Os comerciais leves também podem ser barrados.
Tal medida é um grande passo para a redução em 100% das emissões de gases poluentes causadas por carros até 2035 na União Europeia. Este plano foi apresentado originalmente no ano passado. Lembrando que esta proposta é uma das metas do pacote de medidas “Fit for 55”.
A meta é tornar a União Europeia totalmente livre de emissões de gases poluentes até o ano de 2050. Mas antes, a meta é reduzir as emissões de gases poluentes em 55% até 2030 (em comparação com 1990).
“Uma revisão ambiciosa das normas de CO2 é uma parte crucial para alcançarmos nossas metas climáticas.
Com esses padrões, estamos criando clareza para a indústria automobilística e podemos estimular a inovação e os investimentos para os fabricantes de automóveis.” Afirmou o relator Jan Huitema (Renew, NL).”
Redução gradual e Reino Unido
A definição de um prazo para o fim das vendas de carros a combustão é algo importante e afeta várias nações diferentes. Até por isso, os políticos acabam se dividindo. De um lado estão aqueles que são a favor da proibição.
Do outro, aparecem aqueles que são contra e pedem uma flexibilização. Ou seja, permitir a produção de alguns carros a gasolina (ou diesel). Neste caso, ao invés de uma redução total nas emissões de CO2, seriam reduzidas em apenas 90%. Tal medida também foi votada pela União Europeia, mas acabou rejeitada.
Em resposta a um Tweet de Enrico Letta, do Partido Democrático, onde ele dizia ser a favor das novas leis, Antonio Tajani, do partido Forza Italia, disse que a redução gradual poderia gerar empregos.
“Por que o Partido Democrata não vota no Parlamento Europeu sobre a emenda do Partido Popular Europeu, que propõe reduzir a proibição dos carros não-elétricos de 100% para 90%? Isto salvaria milhares de empregos”, diz Antonio Tajani, que é do partido Forza Italia.
Vale ressaltar que Tajani ganhou o apoio de outros movimentos políticos do País, como o Fratelli d’Italia e o Movimento 5 Stelle.
Enquanto a União Europeia dá seus primeiros passos para a venda exclusiva de carros elétricos a partir de 2035, o Reino Unido já possui uma data para o fim dos carros a combustão. O primeiro ministro britânico Boris Johnson anunciou que estão proibidas as vendas de carros movidos a combustão a partir de 2030.
Ou seja, houve uma antecipação dos planos iniciais. Em todos os casos, ainda faltam falar sobre quando acontecerá a proibição da circulação destes veículos. Lembrando que estas regras impostas pelos governos estão bem próximas aos planos de eletrificação de muitas montadoras.
Com informações de Parlamento Europeu
