Empresa chinesa CATL implementa primeiro robô humanoide a operar em larga escala na produção de baterias
Conheça o Moz, o robô humanoide da CATL que está revolucionando a produção de baterias. Com IA de ponta, ele opera em alta tensão e triplica a eficiência da fábrica.
A CATL, líder global na fabricação de baterias para veículos elétricos, anunciou nesta quarta-feira (17) um marco histórico para a manufatura inteligente. A fábrica da empresa em Zhongzhou tornou-se a primeira do mundo a integrar robôs humanoides em larga escala em sua linha de produção.
Empresa chinesa CATL implementa primeiro robô humanoide a operar em larga escala na produção de baterias
Batizado de “Moz“, o robô foi desenvolvido para realizar tarefas de alta complexidade e periculosidade que, até então, dependiam exclusivamente de mãos humanas.
O Moz foi alocado nos processos de teste de Fim de Linha (EOL) e Resistência de Corrente Contínua (DCR). Nestas etapas, é necessário conectar plugues de teste com centenas de volts a pontos específicos das baterias.
Anteriormente, essa tarefa expunha trabalhadores humanos a riscos de faíscas de alta tensão e fadiga, o que gerava inconsistências na qualidade. O robô Moz eliminou esses riscos, operando com uma taxa de sucesso superior a 99%.

Tecnologia de ponta: Visão e Ação
Desenvolvido pela Spirit AI (empresa do ecossistema CATL), o Moz é alimentado pelas próprias baterias da marca e se destaca por três pilares tecnológicos:
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Adaptação Precisa: Ajusta-se sozinho a variações na posição dos materiais e muda sua postura em tempo real.
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Operação Flexível: Ao manipular fios flexíveis, o robô regula a força aplicada para garantir a conexão sem danificar os componentes sensíveis.
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Eficiência Triplicada: Em regimes de produção contínua de múltiplos modelos de bateria, o Moz demonstrou uma capacidade de carga diária três vezes superior à de um humano, mantendo estabilidade total.

Mais que um executor, um inspetor
Além de conectar os cabos, o Moz utiliza modelos de visão-linguagem-ação (VLA) para detectar autonomamente o status das conexões. Ele é capaz de reportar anomalias de forma imediata e alterna para o modo de inspeção entre uma operação e outra, reduzindo drasticamente as taxas de defeitos nos produtos finais.
De acordo com a CATL, o robô tornou-se um “membro indispensável” da equipe, simbolizando o sucesso da colaboração na cadeia de suprimentos e o futuro da IA incorporada à indústria pesada.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.