Dona da Jeep e Fiat está abalada com a possível chegada da produção chinesa na Europa e ameaça fechar fábricas locais
Dona da Jeep e Fiat, a Stellantis, chegou a ameaçar sair da Itália se governo manter as negociações para a possível chegada da produção chinesa na Europa. Entenda
A Stellantis, dona da Jeep e Fiat, não está gostando nada do possível acordo entre o governo da Itália. Já existem negociações com a BYD e a Chery para a produção chinesa na Europa. Entenda o caso!
Stellants – Dona da Fiat e Jeep ameaça retirar fábricas da Europa
Tudo começou quando o governo italiano começou a pressionar pelo aumento da produção de 750 mil para 1 milhão de veículos no país em um plano de longo prazo.
Com a recusa da Stellantis a alternativa encontrada pelos mandatários do país foi abrir conversas com marcas chinesas sobre a possibilidade de se instalarem na Itália.
Em resposta, Carlos Tavares, CEO da empresa, avisou sobre a possibilidade da retirada de fábricas do país. Em um evento em Turin na Itália, foi enfático: “Então podemos não precisar de tantas fábricas como temos agora. Estamos prontos para batalhar, mas em uma batalha, há casualidades.”
De acordo com o executivo, essa tentativa de inserção das chinesas no mercado italiano pode representar uma redução de sua participação mesmo se acelerar seus esforços para aumentar a produtividade.
“Se alguém quiser introduzir competidores chineses, eles serão responsáveis pelas decisões impopulares que podem ter que ser tomadas”, ressaltou o CEO.
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Stellantis vai sair da Itália?
Há rumores que a Stellantis estuda mover parte de sua produção para países com um custo menor, gerando críticas no país. Em relação ao tema, Tavares explicou se tratar de apenas especulações e que o conglomerado tem investido pesado na Itália.
“Há notícias falsas circulando neste momento de que a Stellantis não vai ficar na Itália, que a Stellantis não vai investir na Itália, que a Stellantis vai desmantelar a Fiat. Minha posição é muito clara: são notícias falsas. Estamos a investir mais de 5 mil milhões de euros (5,4 mil milhões de dólares) na Itália e vamos trazer 15 novos modelos.
Estamos a criar uma gigafábrica de baterias e a investir em duas novas plataformas para as nossas instalações”, afirmou durante a apresentação global do soft-roader compacto Alfa Romeo Milano.
Só que sua estratégia não é bem essa. Isso porque mais de 3.700 postos de trabalho devem ser cortados em um futuro próximo. O que levou ao sindicato dos metalúrgicos de lá a ligarem o alerta para uma possível greve nos próximos dias.
Vale ressaltar que a Stellantis não é a única montadora a questionar as empresas chinesas na Europa. No mês passado, o CEO da Renault, Luca de Meo, propôs um plano para proteger a Europa contra o que ele chamou de “ataque de EVs da China”.
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.