Demissões em massa na Chevrolet geram revolta: grávidas demitidas por e-mail

As fábricas da GM fizeram demissão em massa neste final de semana, provocando revolta e muitas respostas dos trabalhadores. A legalidade deste layoff é questionada, assim como algumas práticas durante ele, o que culminou em greve como resposta à busca de direitos.

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Valmir Mariano, vice-presidente do Sindicato (Imagem: Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região)

Fábricas da GM tem demissão em massa neste final de semana

A partir desta segunda, dia 23 de outubro, fábricas da GM em São Paulo não terão produção devido a uma greve organizada pelos sindicatos. Isto vem em decorrência das demissões em massa executadas no sábado 21 pela montadora.

Na data, a empresa demitiu diversos funcionários que estavam com o contrato suspendo de trabalho, devido um acordo feito em junho desse ano.

Entre as demitidas estavam pessoas de todo tipo, incluindo funcionárias grávidas – que, vale lembrar, teriam direito à licença maternidade.

Além disso, outro ponto que gerou revolta e repúdio dos trabalhadores e seus sindicatos foi a forma como muitas destas demissões foram feitas. Isto porque a GM informou aos funcionários por email, ou mesmo telegrama, que não mais precisariam ir trabalhar.

A greve durará por tempo indeterminado até novas negociações e acordos.

Greve dos trabalhadores da GM visa restabelecer empregos, estabilidade e transparência

  • A decisão de entrar em greve após a onda de demissões foi tomada logo no dia seguinte à ação da GM, domingo 22. Funcionários das unidades de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, afetadas pelo layoff, participam do movimento.
  • Para chegar a tal consenso, os Sindicatos dos Metalúrgicos de cada cidade se reuniram no domingo. Já hoje, segunda de manhã, após encontro virtual, eles divulgaram nota oficial sobre o movimento e as circunstâncias.
  • Nela, os representantes relataram a quebra de acordos firmados anteriormente com funcionários das fábricas de São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Além disso, informam que as demissões em São Caetano foram unilaterais e feitas sem negociação.
  • Entre outras informações, a nota também desmente afirmações da GM sobre a justificativa de baixa nas vendas. Por exemplo, ela nos mostra que a empresa teve lucro líquido de 2,57 milhões de dólares no segundo trimestre deste ano – aumento de 51,6% em comparação ao ano anterior.
  • Por fim, os Sindicatos dos Metalúrgicos envolvidos citam as greves semelhantes nos EUA, também de funcionários da GM, que já dura mais de um mês. Segundo eles, “Os metalúrgicos da GM no estado de São Paulo também têm apoio mútuo com trabalhadores da montadora nos Estados Unidos”.
  • Agora, o objetivo é pressionar não só a empresa, mas também o governo federal e estadual a tomar ações efetivas para garantir os direitos dos trabalhadores.

Justificativa da GM

  • Como dito, a GM alega que o ajuste no quadro de funcionários foi necessário devido a quedas nas vendas. Segundo ela, a ação permitirá que a empresa mantenha agilidade nas operações e sua manutenção.

Nos solidarizamos com os funcionários das fábricas da GM afetados pela demissão em massa e desejamos que as negociações sejam rápidas e estabeleçam os direitos de todos os trabalhadores.

Entenda o assunto na íntegra: Funcionários da fábrica da GM em SP entram em greve devido demissões em massa

Adson Leonardo
Adson LeonardoOlá, sou Adson Leonardo, graduando em Letras - PT pela UNIMONTES, escritor, poeta, e trabalho com redação para WEB desde 2018. Nestes anos já escrevi sobre os mais diversos temas, com um carinho especial no campo das ciências, escrita criativa e jogos. No mundo dos carros e automobilismo me interesso especialmente pelas inovações e tecnologias que permeiam este setor sempre em movimento.
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