ANEF culpa incertezas do mercado por resultados ruins
O crédito para a realização de financiamento de veículos sofreu retração em maio. De acordo com a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (ANEF), as incertezas que rondam o mercado automotivo coincidiram na redução dos negócios.
Em maio, o saldo de crédito para pessoas físicas e jurídicas ficou em R$ 200,6 bilhões e representou 3,5% do PIB contra 4,1% de 2014. O valor representa 6,5% do total do crédito do Sistema Financeiro Nacional e 12,7% das operações de crédito utilizando recursos livres.
Entre as modalidades de parcelamento, o saldo de financiamentos CDC foi de R$ 193,4 bilhões e teve retração de 1% no mês e 6,7% nos últimos doze meses na comparação com 2014.
Já o total acumulado de recursos liberados no ano (somados CDC e Leasing) foi de R$ 39 bilhões, baixa de 10,7% nos últimos doze meses. Se isolada a modalidade CDC, a queda é de 10,8% no ano corrido.
Segundo Décio Carbonari, presidente da ANEF, a situação atual é pior do que a planejada pelos especialistas da associação. “Torna-se cada vez mais difícil visualizar o momento em que haverá o esperado início da estabilização e posterior melhora em nosso segmento”, afirma.
Com os resultados abaixo do previsto, os bancos das montadoras continuam oferecendo taxa mais brandas de juros para reaquecer o mercado. Em maio a média foi de 1,56% a.m. e 20,41% a.a.. Para pessoa física no CDC, os juros ficaram em 1,86% a.m. e 24,8% a.a.. O prazo médio foi aumentou em relação ao mesmo mês de 2014: 41,7 meses contra 41,3 meses.
Inadimplência
A boa notícia do mês, assim como no balanço anterior, foi a estabilidade nos níveis de inadimplência que, no geral, mantiveram-se baixos mas tiveram acréscimo de 0,1% em maio e fecharam em 5,4%. No ano, há decréscimo de 0,3%. Nas modalidades, CDC teve queda de 1,1% e Leasing de 0,5% nos últimos doze meses e fecharam em 3,9% e 7,3% respectivamente.
