Como a velocidade afeta a autonomia de veículos elétricos
Descubra como a velocidade afeta drasticamente a autonomia de veículos elétricos, segundo testes da Car and Driver. Entenda a diferença entre os valores da EPA e o desempenho real em rodovias.
A velocidade de cruzeiro é um fator crucial para a autonomia de veículos elétricos (VEs), e novos testes realizados pela Car and Driver em sua pista de testes revelam o quão drasticamente o alcance pode ser impactado em velocidades mais altas. A revista colocou à prova um sedã Lucid Air Pure, um SUV Kia EV9 e, para comparação, um Subaru Forester a gasolina, em velocidades que variaram de 56 km/h a 153 km/h.
Os resultados são claros: à medida que a velocidade aumenta, a autonomia dos veículos elétricos diminui a uma taxa crescente. A resistência aerodinâmica, que aumenta exponencialmente com o quadrado da velocidade, é a principal vilã.
Como a velocidade afeta a autonomia de veículos elétricos?
A diferença entre 88 km/h e 120 km/h já é notável. O sedã Lucid Air, com sua aerodinâmica superior, registrou uma queda de 142 km de autonomia ao passar de 88 km/h para 120 km/h. O SUV Kia EV9, por sua vez, sofreu uma perda ainda maior, de 175 km, no mesmo incremento de velocidade.
Em velocidades ainda mais elevadas, o impacto é ainda mais pronunciado. Aumentar a velocidade de cruzeiro de 112 km/h para 128 km/h reduziu a autonomia do Air em cerca de 64 km e do EV9 em aproximadamente 72 km. A Car and Driver destaca que, ao viajar a 120 km/h ou mais, é improvável que os motoristas de VEs atinjam o valor de autonomia indicado no adesivo do veículo.
Os testes também evidenciaram uma significativa discrepância entre os valores de autonomia da EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) e o desempenho real em rodovias. Para o Lucid Air Pure, a velocidade de cruzeiro em estado estacionário que se alinha com seu valor de autonomia combinada EPA (677 km) é de apenas 76 km/h. Já para o Kia EV9, a velocidade equivalente ao seu valor combinado EPA (450 km) é de 106 km/h.
Essa diferença pode ser uma surpresa desagradável para novos compradores de VEs, que esperam que a autonomia declarada se mantenha em cenários de condução em rodovias. A Car and Driver explica que os ciclos de teste da EPA incluem muitas mudanças de velocidade, que permitem aos VEs recuperar energia através da frenagem regenerativa – algo que não ocorre em uma condução em regime constante em alta velocidade.
Comparação com Veículos a Gasolina
Para fins de comparação, o Subaru Forester a gasolina também foi incluído nos testes. Embora o aumento de 16 km/h na velocidade de cruzeiro (de 112 para 128 km/h) tenha reduzido a autonomia do Forester em cerca de 160 km, os veículos elétricos já partem de uma autonomia menor. A 128 km/h, o Forester ainda apresentava mais que o dobro da autonomia do EV9 e cerca de 280 km a mais que o Air.
Os resultados da Car and Driver sublinham a importância de considerar os hábitos de condução ao avaliar a autonomia de um veículo elétrico, especialmente para aqueles que planejam viagens longas em rodovias. A velocidade é, sem dúvida, um dos maiores consumidores de energia para os VEs.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.