Cerca de 4.000 funcionários da Ford devem ficar sem emprego até 2027

Cerca de 4.000 funcionários da Ford devem ficar sem emprego até 2027. Veja o motivo das demissões e como a montadora quer mudar este cenário.

A Ford anunciou nesta quarta-feira (20/11) uma reestruturação significativa de suas operações na Europa e isso vai impactar em sua força de trabalho. Com a medida, cerca de 4.000 funcionários da Ford devem ficar sem emprego até 2027.

Cerca de 4.000 funcionários da Ford devem ficar sem emprego até 2027 - Foto: Divulgação
Cerca de 4.000 funcionários da Ford devem ficar sem emprego até 2027 – Foto: Divulgação

Cerca de 4.000 funcionários da Ford devem ficar sem emprego até 2027

As demissões, que representam quase 14% da força de trabalho da montadora no continente, visam garantir a competitividade em um mercado automotivo cada vez mais desafiador. 

A marca argumenta que a principal razão dos cortes é a desaceleração da demanda por veículos elétricos na Europa, combinada com a intensificação da concorrência, em especial por parte de fabricantes chineses. 

A Ford, assim como outras grandes montadoras, têm enfrentado dificuldades para tornar a produção de carros elétricos rentável, devido aos altos custos de desenvolvimento e fabricação. 

“A indústria automobilística global continua em um período de ruptura, especialmente na Europa, onde a indústria enfrenta ventos contrários competitivos, regulatórios e econômicos sem precedentes”, disse a Ford em um comunicado.

Dave Johnston, vice-presidente europeu de transformação e parcerias da Ford, acrescentou: “É fundamental tomar medidas difíceis, mas decisivas, para garantir a competitividade futura da Ford na Europa”.

Os cortes vão acontecer nos próximos 3 anos, mas a empresa ainda aguarda por consultas com sindicatos da Alemanha e Reino Unido. 

Fábrica da Ford na Alemanha pede socorro - Foto: Divulgação
Fábrica da Ford na Alemanha pede socorro – Foto: Divulgação

Montadora pede ajuda 

O diretor financeiro da Ford, John Lawler, enviou uma carta ao governo alemão pedindo medidas para melhorar as condições de mercado para as montadoras.

“O que nos falta na Europa e na Alemanha é uma agenda política clara e inconfundível para promover a mobilidade elétrica, como investimentos públicos em infraestrutura de carregamento, incentivos significativos para ajudar os consumidores a fazer a mudança para veículos eletrificados, melhorando a competitividade de custos para os fabricantes e maior flexibilidade no cumprimento das metas de conformidade de CO2”, disse Lawler.

Além das demissões, a Ford também anunciou ajustes na produção dos modelos Explorer e Capri, ambos elétricos produzidos em sua fábrica em Colônia, na Alemanha. 

A medida resultará em dias úteis mais curtos para os funcionários e em uma redução da produção, o que reflete a menor demanda por esses veículos. 

O comunicado da Ford de demissões chega poucos dias após a Volkswagen afirmar que cortaria os salários dos colaboradores alemães em 10% para proteger os empregos e assegurar o futuro da empresa. 

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Robson Quirino
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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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