Com carros mais caros pode haver pendências no IR; como proceder
Entenda como os carros mais caros pode prejudicar o contribuinte que não indicou o ganho no mês seguinte ao da venda, Confira
No último ano, os carros ficaram até 31% mais caros de acordo com o levantamento da Fipe, dessa forma, quem conseguiu vender o carro com valor reajustado, e não declarou, pode ter que pagar juros. Entenda o caso.
Veja como a venda de carros mais caros em 2021 pode gerar pendências no Imposto de Renda dos contribuintes
Conforme já reportado aqui no Garagem360, os carros ficaram mais caros em 2021. De acordo com os dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a Fipe, aumento chegou na casa dos 31%.
No entanto, esse aumento pode pesar no bolso do contribuinte que conseguiu repassar o carro com o valor elevado. De acordo com a Receita, o ganho do capital deve ser recolhido no mês seguinte ao da transação através de uma guia do Imposto de Renda, se o mesmo for de uma valor igual ou maior da R$ 35 mil.
Dessa forma, quem não realizou o processo deverá se adequar e poderá contar com juros e correção monetária. Isso acontece porque bens com preço acima de R$ 35 mil, estão sujeitos a tributação do imposto de renda, com alíquota mínima de 15%.
Ou seja, contribuintes que venderam carros com valor acima de R$ 35 mil e não pagaram o Imposto de Renda no mês seguinte ao da transação, deverá quitar o tributo com juros.
Através do programa “Ganho Capital”, disponível no portal da Receita Federal, o interessado pode consultar as informações ao preencher os dados solicitados.
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Entenda o aumento dos carros em 2021
De acordo, com a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores – FENAUTO, entidade que representa o setor de lojistas multimarcas de veículos seminovos e usados, em 2021, o total de carros comercializados foi de 15.106.724 unidades, resultado 17,8% superior ao verificado em 2020.
O setor de seminovos e usados registrou elevação no preço como consequência do mercado de 0 km. As fábricas em 2021 foram impactadas com a escassez de componentes automotivos, o que atrasou a produção de veículos. Com isso, com pouco estoque e demanda em alta, os preços aumentaram.
No entanto, nem todo interessado em comprar um carro estava disposto a pagar a mais por um modelo e ainda ter que esperar uma longa fila de espera, que passava dos três meses, de acordo com o modelo.
Dessa forma, a saída foi optar por modelos no mercado de usados, que além da demanda normal do setor, supriu a necessidade da falta dos zero quilômetro.
E nesse caso, novamente entrou a lei da oferta e procura, com a demanda em alta, os preços subiram.
“Como o mercado de veículos novos foi bastante impactado pela crise global de abastecimento de componentes, provocando queda nos estoques das Concessionárias, muitos consumidores buscaram opções entre os seminovos e usados”, explica Presidente da FENABRAVE, José Maurício Andreta Júnior.
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.