O Citroën C3 e Jac E-JS1 foram avaliados como os carros menos seguros do Brasil, segundo uma análise feita pelo Latin N-Cap, importante órgão de segurança veicular.
Embora a entidade tenha analisado somente os testes feitos em 2023, o estudo trouxe detalhes importantes, que não podem ser ignorados pelos motoristas.
Citroën C3: pontos que merecem atenção!
O Citroën C3, por exemplo, recebeu zero estrelas devido a diversos fatores, entre eles:
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Estrutura instável;
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Proteção ineficaz contra colisões frontais;
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Ausência de proteção lateral para a cabeça;
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Falta de aviso para o uso do cinto de segurança.
O JAC E10x, por sua vez, primeiro veículo elétrico avaliado pela entidade, apresentou alguns defeitos preocupantes, como a estrutura instável do veículo.
Produzido no Brasil, o Citroën C3 se destaca por ter dois airbags e Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) como equipamento padrão. Em contrapartida, sua estrutura não foi bem avaliada pelo Latin N-Cap.
O carro elétrico recebeu as seguintes notas:
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30,52% em Ocupante Adulto;
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12,10% em Ocupante Infantil;
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49,74% em Proteção de Pedestres e Usuários Vulneráveis da Estrada;
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34,88% em Assistência à Segurança.
A entidade avaliou a capacidade do veículo em relação ao impacto frontal e lateral, além da chicotada cervical (whiplash), proteção para pedestres e ESC. Veja os resultados:
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Proteção abaixo do esperado para o peito do condutor;
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Instabilidade na estrutura e região dos pés;
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Proteção marginal para o peito do passageiro sentado no banco da frente;
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Performance ineficaz no pescoço do adulto, em relação a proteção contra chicotada cervical (whiplash).
Já no ocupante da criança, o veículo garantiu proteção quase total, contudo os pontos dinâmicos foram afetados em razão da carência da sinalização das ancoragens ISOFIX para Sistemas de Retenção Infantil (SRI).
Jac E-JS1: os problemas do carro elétrico
Agora, os dados do Jac E-JS1, popularmente conhecido como e-JS1. Acompanhe:
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Não contém Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) padrão;
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Instabilidade no impacto frontal;
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Apresentou estrutura ineficaz para a região dos pés;
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Proteção torácica reprovada, o que aumenta a chance de danos com risco de vida;
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Reprovação do sistema de corte de emergência;
O que diz o Latin N-Cap sobre a JAC?
A maior preocupação da entidade é com a baixa performance da JAC e com a ausência de resposta do fabricante sobre os problemas apresentados na análise.
Segundo Alejandro Furas, Secretário Geral do Latin NCAP:
” Este resultado provou estar errado o mito de que os consumidores geralmente associam veículos elétricos a veículos de alta tecnologia e mais seguros, e reafirma que – como qualquer outro veículo – eles devem ser avaliados quanto à segurança.
O Latin NCAP convida abertamente a JAC a melhorar este modelo ou qualquer outro modelo para mostrar aos consumidores que a frota da JAC tem carros com melhor desempenho em termos de segurança.
O que diz o Latin N-Cap sobre o Citroën C3?
Alejandro Furas, Secretário Geral do Latin NCAP, endosa o coro em relação a segurança do veículo:
“É alarmante como a Stellantis repetidamente desconsidera a segurança básica para os latino-americanos e é inaceitável que seus veículos alcancem um nível tão baixo de segurança quando eles sabem muito bem como produzir carros acessíveis e muito mais seguros.
Recentemente, a Stellantis declarou que “reforça seu compromisso com a constante evolução da segurança em seus produtos e comercializa modelos com os mais rigorosos requisitos de engenharia, qualidade e homologação”.
Com esse resultado, somado ao baixo desempenho da Strada, 208, Cronos/Argo, entre outros, o Latin NCAP os incentiva fortemente a revisar esses requisitos, que estão longe do que eles alegam e do que os consumidores da região merecem”.
Qual é a saída para motoristas?
Se você procura por um carro elétrico que une performance, um poderoso design e nota máxima em segurança, vale a pena conhecer o “baratinho” da BYD. Com nota 5 estrelas, ele passou em um dos testes mais rigorosos da Euro NCAP.