Carro elétrico por menos de R$ 40 mil? Ele é real

É real, mas não no Brasil e sim na nossa vizinha Bolívia. O carro elétrico por menos de R$ 40 mil foi desenvolvido pela Quantum Motors, startup boliviana, que lutou para colocar o  modelo à venda no país. 

e4 Quantum
E4 Quantum é o carro elétrico por menos de R$ 40 mil. Foto: Divulgação

Quantum – o carro elétrico por menos de R$ 40 mil

Se por aqui temos o Caoa Chery iCar, a Bolívia tem o Quantum. Com o tamanho de um carrinho de golfe, capacidade para 3 pessoas e velocidade máxima de 56 km/h. Este é o E4

Quantum, primeiro carro elétrico desenvolvido na Bolívia que pode percorrer até 95 km com uma só carga (demora entre 6 e 8 horas). 

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Além disso, pode ser carregado em qualquer tomada e seu tamanho reduzido ajuda na hora de encontrar um lugar para estacionar.

Apesar da pouca autonomia, o E4 Quantum, batizado assim por se assemelhar a uma caixa, tem agradado aos proprietários. “Foi amor à primeira vista”, disse Daniel Derenne, em entrevista ao Wall Street Journal. O aposentado comprou uma dessas caixinhas assim que lançou, em setembro de 2019 e já dirigiu mais de 9,6 km. 

Duas coisas fazem o pequeno carro valerem: a primeira é o preço de US$ 7,5 mil (R$ 38 mil, aproximadamente), mais acessível do que os mini EVs que rodam nos EUA e Europa. O segundo é a economia, já que o preço para carregar (por mês) é de apenas 7 dólares (menos de R$ 35 na cotação atual).

E4 Quantum
Por menos de R$ 40 mil você leva um E4 Quantum para casa (se morar na Bolívia). Foto: Divulgação

Ideal para o mercado Latino

Desde seu lançamento foram vendidas 370 unidades do Quantum. Parece pouco, não se você avaliar toda sua trajetória até chegar ao mercado. Idealizado por José Carlos Márquez, engenheiro e um dos fundadores da marca, o EV teve que contornar toda a burocracia da indústria boliviana e falta de insumos durante a pandemia.

Em um país sem produção nacional, a companhia enfrentou uma dificuldade no mínimo cômica. Inicialmente, não pôde registrar seus carros na Bolívia por conta das leis locais, que exigiam que os veículos tivessem documento de importação. 

Companhias de seguro estavam receosas em fornecer cobertura e os bancos não estavam interessados em conceder empréstimos para financiar este tipo de carro. Somado a tudo isso, ainda havia a falta de lítio para a produção das baterias, que tiveram de ser importadas da China. 

Aos trancos e barrancos, tudo foi contornado e os planos dos fundadores são trazer mais soluções ao mercado de elétricos. 

“Estamos convencidos de que o desenvolvimento de veículos elétricos na América Latina não será com Teslas ou Volkswagens”, disse Carlos Soruco, outro fundador da Quantum.

Robson QuirinoSou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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