Câmbio automático: quando trocar o óleo da transmissão?

O câmbio automático é sinônimo de conforto para muitos condutores, por conta da ausência de esforço manual para mudar de marcha. Essa premissa é baseada em um levantamento feito pela Bright Consulting, empresa especializada no segmento automotivo, que mostra um cenário onde 90% da frota brasileira será de modelos sem o pedal da embreagem até o final da década. Nesse contexto, a troca do óleo do câmbio automático é um tema importante.

Dentre as opções do mercado, três categorias são as mais populares no país: automáticos convencionais (epicíclicos), automatizados e automático do tipo continuamente variável (CVT). Veja a seguir a diferença entre cada tipo.

Saiba quando trocar o óleo do câmbio automático

O câmbio automático convencional é composto por um mecanismo de engrenagens diferentes, do tipo planetárias. Já os automatizados têm uma caixa acoplada a uma embreagem, se tornando assim um projeto similar ao do sistema manual – porém, como nos automáticos convencionais, não trazem o pedal de embreagem. O conceito da tecnologia CVT envolve duas polias de diâmetro variável, ligadas por uma corrente, possuindo também um conversor de torque.

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Todo sistema de transmissão possui lubrificação específica, seja ele manual ou automático. Portanto, mesmo com a popularização dos câmbios automáticos, sempre haverá a dúvida sobre a necessidade da troca do óleo.

“A resposta se há necessidade de troca do lubrificante está inserida no manual de fábrica do veículo. A montadora detalha o óleo e sua durabilidade dentro do sistema de transmissão”, afirma o engenheiro mecânico da YPF Brasil, Pablo Bueno.

mecanicos com coletor de óleo
Foto: Freepik

Assim como na troca de óleo do motor, o tempo entre as substituições e o tipo ideal de lubrificante para a transmissão está descrito no manual do proprietário. Desta forma, há diferenças de carro para carro – até entre o mesmo modelo, que pode ter dois tipos de câmbio automático na gama, como o Fiat Fastback. As montadoras costumam detalhar o tipo de óleo e sua durabilidade no sistema de transmissão, trazendo uma previsão do intervalo de troca.

A substituição, portanto, deverá ser realizada caso haja apontamento no manual do condutor, onde deverão estar descritos o limite de quilometragem e quantidade necessária para lubrificar o sistema; ou caso aconteça alguma intercorrência específica com o câmbio, como falha de funcionamento.

Caso a troca prevista não ocorra, um desgaste excessivo poderá ser observado, gerando saturação dos filtros de transmissão, má lubrificação, ruídos e dificuldades nas trocas de marcha, de acordo com o especialista da YPF.

cambio ford ecosport storm
Foto: Divulgação/Ford

É importante saber reconhecer alguns sinais de falta de óleo no câmbio automático de seu carro. Pontos como calor excessivo, trancos na marcha, barulhos estranhos, patinação e vazamento de óleo, podem indicar que a troca do lubrificante seja uma necessidade mais urgente em seu veículo.

Arthur Quaresma
Arthur QuaresmaFormando em Jornalismo pela UFRRJ, atuo como redator desde 2019. Apaixonado por contar histórias e entender histórias, desde meu começo até agora, venho trabalhando com algumas paixões do brasileiro — desde esportes até o mundo automobilístico.
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