A possível volta da taxação aos carros elétricos passou a ser um tema bastante discutido nos últimos dias após a Anfavea, e agora a BYD, se pronunciarem. Entenda a polêmica.
Imposto aos carros elétricos
Desde a última semana, cresceram os rumores sobre a volta da taxação sobre os carros elétricos no Brasil.
O tema voltou à tona após o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, se mostrar a favor da volta do imposto aos modelos eletrificados.
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O presidente da associação pressiona o governo para uma decisão do governo ainda neste mês, já que o mercado encontra-se em condição de desequilíbrio, segundo ele.
A entidade defende a volta da alíquota de 35% para a importação dos carros elétricos, como acontece com os veículos à combustão.
Vale lembrar que há cinco anos a alíquota do tributo encontra-se zerada no país como forma de incentivar tecnologias de propulsão mais limpas.
BYD critica a Anfavea
Se a Anfavea é favorável a uma volta de impostos sobre a importação de carros elétricos, a BYD se posiciona contra.
“É descabido imaginar que o presidente de uma entidade dessa envergadura (Anfavea) possa colocar palavras na agenda de um governo que lutou tanto para trazer a COP 30 para o Brasil e dizer que vai haver uma taxação de carros elétricos que visam justamente contribuir para a proteção ao meio ambiente”, disse o conselheiro especial da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, nesta terça-feira em entrevista à Reuters.
Sendo assim, a Build Your Dreams (BYD), uma das fabricantes chinesas com melhor desempenho de vendas nos últimos meses, não acredita no fim da isenção de impostos por parte do governo, ou pelo menos, faz pressão para que isso não aconteça.
Carros elétricos no Brasil
Dominados principalmente pelas montadoras chinesas, o mercado de veículos elétricos vive seu principal momento na história por aqui.
De acordo com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos, o Brasil emplacou 49.052 eletrificados leves até agosto de 2023.
O número é praticamente o mesmo número de todo o ano anterior (49.245 em 2022) – que já tinha sido recorde.
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