Brasil se torna alvo principal de exportação de veículos elétricos chineses: veja quem deixamos para trás
Brasil se torna alvo principal de exportação de veículos elétricos chineses. Veja os motivos para o Brasil ser alvo das montadoras chinesas.
Com boa aceitação do público, o Brasil se torna o principal destino para as exportações de veículos elétricos chineses, o que inclui os 100% elétricos e híbridos. Trata-se de uma alternativa a tentativas das marcas de adentrarem à Europa, mas que ficaram nas barreiras impostas pelos governos dos países europeus.
Brasil se torna alvo principal de exportação de veículos elétricos importados
De acordo com a Associação Chinesa de Carros de Passageiros (CPCA), as exportações de carros elétricos e híbridos plug-in para o Brasil cresceram 13 vezes em abril, em comparação ao mesmo mês de 2023. Foram 40.163 unidades em abril.
O resultado posicionou o país como principal destino pelo segundo mês seguido, superando países europeus como Espanha, França, Países Baixos e Noruega. Em janeiro, o Brasil ocupava apenas a décima posição nesse ranking.
De janeiro a abril, foram exportadas da China para o Brasil 106.448 unidades, um aumento de 536%.
O México é outro destino para os eletrificados chineses. No primeiro quadrimestre de 2024, o aumento foi de 27%, alcançado 148.705 unidades exportadas.
A Rússia, em meio a guerra com a Ucrânia e sanções internacionais, também aumentou suas importações de veículos chineses em 23%, totalizando 268.779 veículos.
A redução nas exportações para a Europa se deve, em parte, à investigação de subsídios pela União Europeia. Nos EUA, o cenário é ainda pior. A taxa de importação de veículos chineses vai aumentar dos atuais 25% para 100% até agosto. Inclusive, componentes e o ferro chinês ficarão mais caros.
As montadoras chinesas, buscando mercados alternativos, se voltaram para a América Latina, Austrália e Sudeste Asiático. Destes, o Brasil se destaca.
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Qual a taxa de importação para os carros chineses no Brasil?
O governo daqui também aplicou novas taxações aos eletrificados importados, incluindo os chineses. Desde o início do ano começou a taxação progressiva:
Veículos híbridos
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15% em janeiro de 2024;
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25% em julho de 2024;
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30% em julho de 2025;
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35% em julho de 2026.
Híbridos plug-in
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12% em janeiro de 2024;
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20% em julho de 2024;
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28% em julho de 2025;
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35% em julho de 2026.
Elétricos
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10% em janeiro de 2024;
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18% em julho de 2024;
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25% em julho de 2025;
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35% em julho de 2026.
Em resposta, duas montadoras, a BYD e a GWM, iniciaram projetos de produção de seus carros em território nacional. A BYD na antiga fábrica da Ford em Camaçari (BA) e a GWM em Iracemápolis (SP). Ambas devem iniciar suas atividades em 2025.
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.