Blindagem tem preços altos, mas cresce a cada ano

Com medo da violência, motoristas estão investindo cada vez mais em segurança

 Em 2013, foram blindados 10.156 carros no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). O número é 21,6% maior do que em 2012 (8.384 unidades) e a previsão do setor é que os dados de 2014, que ainda não foram computados pela entidade, também apresentem crescimento. E a razão para este aumento é uma só: medo da violência.

O valor do serviço varia conforme o veículo e o tipo de proteção escolhida (Nível I, Nível II, Nível II-A, Nível III e Nível III-A). Segundo Alessandro Rodrigues, gerente comercial da Avallon Blindagens, o preço da Nível II-A, a mais realizada no país (em 95% dos casos), não sai por menos de R$ 45 mil.

Como explica o profissional, o processo de blindagem leva cerca de 40 dias e durante este tempo o carro é desmontado quase por inteiro, mantendo apenas a lataria, o motor e o painel. Portas, vidros, teto, frente e traseira ganham proteção extra. Também é feito um reforço na suspensão do automóvel para suportar o peso extra dos materiais.

Mas a troca dos componentes por elementos mais resistentes tem uma consequência um tanto desagradável: o aumento do peso do carro (entre 130 kg e 160 kg).

Master Blindagens

Processo de blindagem é feito em aproximadamente 40 dias | Foto: Master Blindagens/Divulgação

Tipos de blindagem

Nível I: é o nível mais baixo de proteção. Oferece segurança aos passageiros caso o carro seja alvejado com tiros de armas calibres 32 e 38. É também o nível de blindagem mais barato do mercado.

Nível II e Nível II-A: os dois são resistentes a armas de calibre 9 mm e também Revólver Magnum 357. Apesar de oferecer certa segurança, o custo-benefício não compensa em relação ao nível III-A, que oferece mais proteção.

Nível III-A: é o tipo de blindagem mais utilizado no Brasil, sendo escolhido em 95% dos serviços realizadas. É resistente contra armas de fogo mais pesadas, como submetralhadoras 9mm e revólver Magnum .44.

Nível III: tem uso restrito para civis, já que depende da autorização da Diretoria Federal de Produtos Controlados, ligada ao Exército Brasileiro. É mais pesada do que a III-A e capaz de suportar tiros de fuzis.

Existem ainda as blindagens Nível IV e Nível V, mas são utilizadas apenas em veículos de guerra e, portanto, não são permitidas para uso civil.

 

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Rodrigo Loureiro
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Rodrigo Loureiro

Rodrigo Loureiro é repórter do site Garagem 360 e da Agência Entre Aspas. Em 2014 atuou na redação do portal UOL Esporte e também já escreveu para as editorias de tecnologia e turismo de outros portais e publicações.

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