Bajaj e Royal Enfield: vale a pena investir nas motos baratas indianas?

Descubra se vale a pena investir em motos indianas como Bajaj e Royal Enfield no Brasil. Analisamos custo-benefício, tecnologia, estilo, pós-venda e confiabilidade para ajudar você a decidir!

O mercado brasileiro de motocicletas tem testemunhado a ascensão de marcas indianas como a Bajaj e a Royal Enfield, que chegaram com a promessa de oferecer um excelente custo-benefício, design diferenciado e, em alguns casos, tecnologia avançada. Mas a pergunta que muitos motociclistas se fazem é: vale a pena investir nessas motos “baratas indianas”?

Ambas as marcas têm conquistado seu espaço, desafiando o domínio tradicional de montadoras japonesas e europeias. No entanto, a decisão de compra envolve analisar uma série de fatores, desde o preço atrativo até o pós-venda e a confiabilidade.


Bajaj: Tecnologia e Performance Acessível

A Bajaj chegou ao Brasil com uma proposta agressiva, focando em motos que entregam performance e tecnologia a um preço competitivo. Modelos como a Dominar 400 rapidamente ganharam notoriedade por oferecerem características de motos de maior cilindrada por um valor de 250cc. A Dominar 200, por exemplo, é elogiada por seu desempenho e economia, sendo uma opção atraente para o dia a dia.

Bajaj Dominar - Foto: Divulgação
Bajaj Dominar – Foto: Divulgação

 

Pontos Positivos da Bajaj:

  • Custo-benefício: Preços muito competitivos para o pacote de tecnologia e desempenho oferecido.

  • Tecnologia: Muitos modelos vêm com ABS de canal duplo, painel digital completo (alguns com GPS integrado), iluminação full-LED e conectividade Bluetooth.

  • Desempenho: Motores com bom torque e potência para suas categorias, proporcionando uma pilotagem envolvente.

  • Consolidação no mercado indiano: A Bajaj é uma das maiores fabricantes do mundo, com vasta experiência. No Brasil, já atingiu a marca de 20 mil motos emplacadas em março de 2025, mostrando um crescimento expressivo.

Pontos a Considerar da Bajaj:

  • Pós-venda: Embora a marca esteja investindo na expansão de sua rede de concessionárias e na disponibilidade de peças, alguns usuários ainda relatam desafios com o tempo de espera para reparos e a disponibilidade de certos componentes, especialmente se comparado à capilaridade de marcas mais estabelecidas no Brasil.


Bajaj Pulsar - Foto: Divulgação
Bajaj Pulsar – Foto: Divulgação

Royal Enfield: Estilo Clássico e Robustez

A Royal Enfield, por sua vez, aposta forte no estilo clássico e retrô, conquistando um público que busca motos com personalidade e uma experiência de pilotagem mais “pura”. Modelos como a Meteor 350, a Hunter 350 e as Classic 350 são aclamados pelo design, o ronco característico do motor monocilíndrico e o conforto para o uso urbano e viagens curtas.

Pontos Positivos da Royal Enfield:

  • Design e Estilo: Forte apelo visual com design clássico e opções de customização.

  • Torque em Baixas Rotações: Ideal para o trânsito urbano e pilotagem mais tranquila.

  • Confiabilidade: As motos são consideradas robustas e duráveis, projetadas para resistir às condições indianas.

  • Seguro mais barato: Por serem menos visadas para roubo em comparação com outras marcas e modelos.

Royal Enfield - Foto: Divulgação
Royal Enfield – Foto: Divulgação

Pontos a Considerar da Royal Enfield:

  • Peso: Algumas motos da Royal Enfield são relativamente pesadas para suas cilindradas, o que pode exigir um pouco mais de adaptação.

  • Velocidade Final: Não são motos focadas em alta performance ou velocidade máxima, priorizando o torque em baixas rotações.

  • Disponibilidade de Peças e Manutenção: Assim como a Bajaj, a rede de pós-venda está em crescimento e pode haver alguma dificuldade na obtenção de peças específicas, embora a situação esteja melhorando.


Confiabilidade e Manutenção: O Grande X da Questão

Historicamente, a percepção de “motos indianas” no Brasil enfrentou algum ceticismo, principalmente em relação à confiabilidade e ao pós-venda. No entanto, ambas as marcas têm se esforçado para mudar essa imagem.

A Bajaj inaugurou uma fábrica no Brasil, o que é um passo importante para otimizar a cadeia de peças e serviços. A Royal Enfield também tem trabalhado para aprimorar sua rede e garantir um suporte mais eficiente.

É crucial entender que a durabilidade e a qualidade dessas motos não são inferiores, mas a rede de suporte ainda não tem a mesma capilaridade das gigantes do mercado.

Para quem mora perto de uma concessionária ou oficina autorizada, os benefícios de custo e estilo podem compensar. Para quem está em regiões mais afastadas, é fundamental pesquisar a disponibilidade de serviços e peças.

Você já tem ou pensa em ter uma moto Bajaj ou Royal Enfield? Compartilhe sua experiência ou suas dúvidas nos comentários! Qual delas mais chamou sua atenção?

Leia também: Bajaj quer ampliar produção de motos no Brasil em 67% ainda em 2025

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Robson Quirino
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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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