As montadoras que podem ter produção afetada no conflito Rússia e Ucrânia
Montadoras de carros no conflito Rússia e Ucrânia, como ficam? Renault, Volkswagen e Stellantis podem ser afetadas. Saiba motivos
Além de afetar o preço da gasolina para o país, o conflito entre Rússia e Ucrânia também pode afetar a produção de grandes montadoras, como a Renault, a Volkswagen e a Stellantis.
Veja como a guerra pode implicar em sanções à Rússia (Foto: Pixabay)
Montadoras de carros no conflito Rússia e Ucrânia podem interromper produção
Desde a última quinta-feira, 24 de fevereiro, o mundo está com os olhares focados no leste europeu, após o início da invasão da Rússia em terras Ucranianas. Além de perdas inestimáveis de vidas e cidades destruídas, a ação também afetará o mercado econômico e o setor automotivo. Entre as marcas mais prejudicadas estão a francesa Renault, a alemã Volkswagen e gigante grupo Stellantis.
Renault
No caso da Renault, a marca é dona majoritárias nas ações da AvtoVAZ, que produz os automóveis russos através da marca Lada.
A produção da AvtoVAZ está situada em Togliatti, e além dela, a Renault possui uma fábrica em Moscou. Para método de comparação a Rússia é o segundo maior mercado para a montadora, só perde para o país sede da montadora, a França.
De acordo com o CEO da montadora francesa, Luca Meo, a empresa está avaliando a situação com cuidado, e que até o momento (último dia 25), preferiam não comentar sobre o tema.
A Renault produz modelo da Lada no país (Foto: Divulgação) – Montadoras de carros no conflito Rússia e Ucrânia
Volkswagen e Stellantis também possuem linha de produção na Rússia
Sobre as outras duas marcas citadas, ambas possuem linha de produção em Kalunga, cidade que fica cerca de 180 km da capital a Moscou. De forma geral, as empresas ainda não se posicionaram em definitivo se haverá, ou não, uma real paralisação das fábricas em terras Russas.
No caso as Stellantis, grupo dono de marcas como Jeep, Peugeot, Citroën, RAM, Dodge e outras, atua em uma joint venture junto com a Mitsubishi Motors. Para ela, a paralisação seria ainda mais prejudicial, tendo em vista que a marca já havia anunciado que começaria a exportar vans feitas no local para o restante do mercado europeu, conforme o Garagem360 já reportou na última sexta-feira.
Dieter Zetsche, da Daimler, presidente russo Vladimir Putin e o ministro da economia alemão Peter Altmaier em abertura de fábrica da Mercedes na Rússia (Foto: Reprodução)
O local já produzia o tipo de automóvel desde 2017, para o antigo grupo PSA, que posteriormente se fundou com a FCA para criar a Stellantis, em 2021.
“Estamos monitorando a situação cuidadosamente em tempo real e, se necessário, tomaremos as medidas apropriadas para preservar nossos funcionários e suas famílias. No momento, não temos nenhum impacto significativo em nossas operações comerciais, incluindo nossa unidade de produção”, afirmou a empresa quando questionada pelo Folha PE.
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No caso da Volkswagen, a empresa produz em terras russas modelos como o SUV Tiguan, o hatch Polo e o sedã Skoda Rapid.
“A Volkswagen espera uma rápida cessação das hostilidades e um retorno à diplomacia. Estamos convencidos de que uma solução sustentável para o conflito só pode ocorrer com base no direito internacional. O grau de impacto em nossas atividades comerciais nos países afetados está sendo determinado continuamente por uma equipe de força-tarefa. Em todas as atividades na região, a segurança e a integridade de nossos colaboradores são nossa principal prioridade”. Informou a marca ao portal.
Skoda Rapid (Foto: Divulgação)
Com informações da Folha Pernambuco
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.
