Reestilizado, BMW Série 7 ganha novos motores e grade gigantesca
Na última semana, a primeira reestilização da geração atual do BMW Série 7 foi revelada. Sedã mais caro da marca alemã, ele recebeu uma nova dianteira com grade 40% maior – e que ocupa boa parte da porção frontal. Para compensar esse aumento, o para-choque ficou mais limpo e com menos entradas. Os faróis também estão mais finos e o capô ficou um pouco mais alto.
Mudanças BMW Série 7
A traseira não teve mudanças muito expressivas. As lanternas ganharam um desenho novo e estão mais horizontais. O para-choque, embora tenha sido atualizado, manteve praticamente o mesmo desenho. Por dentro, o três volumes ganhou um novo painel de instrumentos digital, com tela de 12 polegadas, e uma central multimídia de 10,25 polegadas.
Traseira mudou menos que a dianteira, mas recebeu novas lanternas |Foto: Divulgação
Sob o capô, o modelo recebeu algumas atualizações nos motores. Os propulsores a gasolina de 4,4l V8 biturbo e de 6,6l V12 biturbo ganharam melhorias para se adequarem as normas de poluição da Europa. Enquanto o primeiro rende 530 cv, o segundo tem 585 cv de potência máxima. Há também os motores a diesel, que rendem entre 265 cv e 400 cv.
O Série 7 também conta com uma versão híbrida plug-in. Ela consegue gerar até 394 cv de potência e tem autonomia de quase 60 km no modo elétrico.
Reestilizações polêmicas
A grade do BMW tem causado polêmica por conta de seu tamanho exagerado. Entretanto, outros modelos tiveram reestilizações que não caíram no gosto popular. Relembre algumas na galeria a seguir.
Peugeot 207: teve a missão de substituir o 206 no Brasil em 2008, mas não conseguiu ter um design tão bem acertado |Foto: Divulgação
Peugeot 206 |Foto: Divulgação
Peugeot 206 |Foto: Divulgação
BMW Série 1: a primeira geração, lançada em 2004, tinha um design muito bem resolvido e que marcou os fãs da marca |Foto: Divulgação
A segunda geração, lançada em 2011, não agradou a todos quando foi lançada. Pior, o formato da dianteira fez com que a Série 1 ganhasse o apelido de Angry Birds, por causa dos personagens do jogo para celulares que fazia muito sucesso na época |Foto: Divulgação
BMW Série 1 (2004) |Foto: Divulgação
BMW Série 1 (2011) |Foto: Divulgação
Chevrolet Monza: o sedã fez muito sucesso no Brasil e ficou em linha por 14 anos. Porém, a primeira versão do modelo tinha design mais equilibrado |Foto: Divulgação
Em 1991, para tentar dar um ar mais moderno para o Monza, a Chevrolet lançou o modelo que ficou conhecido como tubarão. A frente baixa e curva não combinava com a traseira quadrada |Foto: Divulgação
Ferrari Testarossa: ícone dos anos 1980, o esportivo marcou época com suas linhas quadradas. Isso até a Ferrari tentar deixá-la mais arredondada… |Foto: chal70 on Visualhunt.com / CC BY-NC-SA
A primeira reestilização na Testarossa foi bem sutil, mas mudou seu nome para 512 TR. Já a segunda, em 1994, renomeou outra vez o modelo, dessa vez para F512 M, e de quebra ainda tentou alinhar sua frente com a dos modelos da marca da época, além de retirar os faróis escamoteáveis. Já a traseira, ganhou quatro lanternas redondas |Foto: Damors on VisualHunt.com / CC BY-NC-SA
Fiat Palio (2003): a segunda mudança no hatch tinha um desenho elegante e trouxe mais requinte ao interior. Seguiu em linha até 2016, na versão Fire de entrada do modelo |Foto: Divulgação
Em 2007, a Fiat resolveu fazer outra mudança na primeira geração do Palio e o resultado foi um modelo que não agradou tanto. As maiores críticas foram para a traseira, que ganhou lanternas horizontais muito baixas |Foto: Divulgação
Fiat Palio (2003) |Foto: Divulgação
Fiat Palio (2007) |Foto: Divulgação
Fiat Palio Weekend: a primeira mudança de estilo para a perua caiu muito bem, deixando com visual moderno para a época |Foto: Divulgação
A versão de 2004 compartilhava a frente com o Palio e tinha um desenho acertado. Porém, para dar a impressão de ser mais larga do que era, a traseira recebeu lanternas grandes e que destoavam do restante da carroceria |Foto: Divulgação
Fiat Palio Weekend (2001) |Foto: Divulgação
Fiat Palio Weekend (2004) |Foto: Divulgação
Fiat Punto: lançado em 2007 no País, ostentava linhas assinadas por Giorgetto Giugiaro, que é uma das referências no assunto |Foto: Divulgação
A reestilização de 2012 acabou deixando o visual do modelo mais carregado, destoando um pouco do desenho original, que era mais limpo |Foto: Divulgação
Fiat Punto (2007) |Foto: Divulgação
Fiat Punto (2012) |Foto: Divulgação
Fiat Uno: nos anos 1990, o hatch ganhou a chamada frente baixa, que o deixou mais moderno e seguiu praticamente sem mudanças até 2004 |Foto: Divulgação
Em 2004, o Uno já estava bem desatualizado. A solução da Fiat foi lançar um facelift mais profundo, mas que não casou muito bem com o veterano |Foto: Divulgação
Fiat Uno |Foto: Divulgação
Fiat Uno Mille (2004) |Foto: Divulgação
Ford Fiesta: em 2007, a quinta geração do hatch recebeu seu redesenho de meia-vida. A ideia era deixá-lo atualizado com a nova filosofia de design da marca, e conseguiu dar um novo ar para o modelo |Foto: Divulgação
Em 2010, um novo facelift foi feito, mas a frente acabou ficando com linhas controversas. Há quem goste, mas o modelo anterior era melhor resolvido |Foto: Divulgação
Kia Soul: chamado de carro design, a primeira geração da minivan fez muito sucesso, até no Brasil |Foto: Divulgação
A segunda geração não é “feia”, mas comparada ao primeiro modelo, tem design mais carregado, enquanto que o anterior tinha linhas mais limpas |Foto: Divulgação
Kia Soul (2009) |Foto: Divulgação
Kia Soul (2014) |Foto: Divulgação
Lada Niva (ou 4×4): Não que o jipe soviético seja um símbolo de design bem resolvido, mas ao menos é uniforme |Foto: Divulgação
Quando a AutoVAZ, que é a proprietária da Lada, se uniu à Chevrolet para tentar atualizar o Niva, o resultado foi esse jipe desengonçado |Foto:
Renault Clio: em 2003, a segunda geração do hatch ainda era novidade quando a montadora lançou o primeiro facelift |Foto: Divulgação
O problema é que em 2014 a Europa já tinha a quarta geração do Clio. Para tentar renovar o modelo brasileiro, a Renault deu uma nova atualizada no visual e que não ficou muito harmônico |Foto: Divulgação
Renault Clio (2003) |Foto: Divulgação
Renault Clio (2014) |Foto: Divulgação
Volkswagen Fox: em 2009, a primeira mudança deixou o modelo atualizado com a identidade visual da marca, além de melhorar o interior |Foto: Divulgação
Cinco anos depois, em 2014, a nova mudança deixou o modelo com a frente com linhas mais agressiva, mas a traseira ficou com aparência estranha, por causa das lanternas horizontais |Foto: Divulgação
Volkswagen Fox (2009) |Foto: Divulgação
Volkswagen Fox (2014) |Foto: Divulgação
Volkswagen Gol: a primeira alteração da segunda geração foi batizada comercialmente de geração três e é considerada pelos fãs como uma das mais bonitas do Gol |Foto: Divulgação
Em 2005, com a chegada da quarta geração, o visual ficou mais simples, inclusive no interior |Foto: Divulgação
Volkswagen Parati: não foi só o Gol que sofreu com a quarta geração. A Parati, que na terceira também tinha um belo desenho, recebeu as mesmas mudanças que o hatch |Foto: Divulgação
Volkswagen Parati G4 |Foto: Divulgação
Volkswagen Saveiro: a picape também pirou ao sair da geração 3 para a quarta |Foto: Divulgação
Volkswagen Saveiro G4 |Foto: Divulgação
Volkswagen Golf: a quarta geração do modelo representou uma virada em termos de requinte e construção |Foto: Divulgação
Porém, em 2007 ele já era um veterano e a Volkswagen, que já havia lançado a quinta geração do Golf na Europa, decidiu atualizar a quarta. O resultado foi um modelo com design estranho e que só saiu de linha em 2013, quando a sétima geração chegou ao País |Foto: Divulgação
Volkswagen Kombi: modelo nacional mais longevo, ela se manteve praticamente sem alteração por toda sua vida no País |Foto: Divulgação
Porém, em 1997, a Volkswagen resolveu colocar a porta corrediça e o teto mais alto. Porém, o visual não agradou todo mundo |Foto: Divulgação
Só que em 2006, quando ela adotou motor refrigerado a água, a situação ficou ainda pior, por conta do radiador instalado na dianteira |Foto: Divulgação
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.