Prisão de Carlos Ghosn pode afetar aliança Renault-Nissan-Mitsubishi

Na última segunda-feira (19/11), o brasileiro Carlos Ghosn, ex-CEO da aliança Renault-Nissan-Mitsubushi, foi preso em Tóquio, no Japão. Ele foi acusado de fraude fiscal e uso de ativos empresariais para fins pessoais.

Conhecido como “titã” da indústria automobilística, o executivo foi um dos responsáveis pela recuperação da Nissan em meados dos anos 2000, quando a companhia enfrentava uma situação crítica no mercado e beirava à falência. Por conta de suas empreitadas de sucesso, o profissional se tornou uma figura muito querida entre os japoneses e virou até personagem de mangá.

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Ghosn atuava no conselho e na presidência da Renault, Nissan e Mitsubishi. Por isso, o brasileiro ficou à frente da aliança entre as companhias, que compartilham projetos, ações e tecnologias. Juntas, as montadoras venderam 10,6 milhões de veículos em 2017 e se consolidaram como o grupo com o maior número de vendas no mundo.

Por conta do escândalo, alguns especialistas do setor afirmaram que a aliança Renault-Nissan-Mitsubushi estava ameaçada – as ações das três empresas despencaram. Entretanto, as montadoras não divulgaram informações sobre o assunto. Ontem (20/10), a Renault publicou um comunicado dizendo que está ciente da situação e que Thierry Bolloré, atual COO, assumirá a posição de Ghosn.

A previsão é de que o brasileiro fique preso por pelo menos 10 dias. Entretanto, vale a pena destacar que a legislação do Japão permite que uma pessoa fique detida por até 23 dias antes de receber uma acusação formal.

Quem é de quem

Na galeria, veja quem é dono de quem e conheça as principais alianças do mundo automotivo:

 

 

 

 

 

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