A importância da manutenção de velas e cabos de ignição

Além de trocar temperatura com o motor, a vela de ignição gera a faísca que inflamará a mistura de ar e combustível dentro da câmara de combustão.

Além de trocar temperatura com o motor, a vela de ignição é responsável por gerar a faísca que inflamará a mistura de ar e combustível dentro da câmara de combustão. A explosão impulsionará os pistões, gerando movimento ao motor. A função dos cabos de vela é conduzir a alta tensão produzida pela bobina ou transformador até as velas de ignição, sem permitir fugas de corrente, garantindo uma ignição sem falhas.

Muitas vezes, não nos atentamos aos cuidados necessários a componentes tão importantes – o desempenho das velas e cabos está diretamente ligado ao correto funcionamento do motor, ao consumo de combustível e à liberação de gases poluentes.

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Artigo: frenagem ou controle de movimento?

As velas devem ser verificadas entre 10.000 km e 15.000 km e, se for o caso, trocadas como indicado no manual do proprietário. O mecânico deve checar também os cabos: caso apresentem rachaduras ou estejam ressecados, devem ser substituídos. A falta de manutenção desses componentes pode provocar uma série de problemas ao veículo. Confira os principais apontados pelo boletim técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil), do Grupo MAPFRE:

Velas de ignição
– Desgaste – Devido à erosão no eletrodo, a alta tensão fornecida pela bobina não é suficiente para gerar a faísca necessária, resultando em falhas na partida do motor e notável queda de rendimento e potência, principalmente em aclives e ultrapassagens.

– Corrosão do eletrodo – Provocada por aditivos corrosivos contidos no combustível de má qualidade, ou até mesmo no óleo lubrificante, que ao longo do tempo acumularão resíduos, interferindo na taxa dos gases do motor e causando os mesmos problemas descritos anteriormente.

– Carbonização seca ou oleosa – Pode sujar o filtro de ar, desregular a injeção ou o carburador do veículo, deixar o motor irregular (marcha lenta acelerada ou fraca demais) e causar problemas em outras partes vitais do motor.

– Superaquecimento – Derretimento do eletrodo, provocando falha nas faíscas e mau funcionamento do motor. Em caso de temperaturas muito elevadas, o eletrodo pode até se fundir, e o combustível passa a ser queimado não pela faísca, e sim por incandescência (estado de brasa), podendo quebrar o motor, que não é projetado para esse tipo de funcionamento.

Cabos
– Ressecamento, rachaduras e mau encaixe – Provocam fuga de corrente e falhas de ignição.

– Manuseio e ferramental incorreto durante a verificação e troca dos cabos – Resultam em queda de rendimento e falhas no motor.

– Oxidação – Gera mau contato na conexão dos cabos.

Seu posto é de confiança?
Procure abastecer em um posto onde o combustível seja de qualidade. Quando ele é adulterado, pode provocar reações químicas nos componentes tratados neste boletim, diminuindo sua vida útil. Também pode fazer com que algum componente de ignição e/ou injeção pare de funcionar – daí os prejuízos serão bem maiores.

O combustível de má qualidade ainda pode provocar a “pré-ignição”, que acarretará no aquecimento do cabeçote, pistões e velas. Leve seu veículo periodicamente para uma manutenção preventiva em um mecânico de confiança. Velas e cabos mal instalados podem apresentar características irregulares de funcionamento, assim como gerar outros problemas graves ao motor. E o motor, você sabe, é o coração do seu veículo – não deve falhar nunca.

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Maria Beatriz Vaccari
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Maria Beatriz Vaccari

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