Simuladores de direção ajudam a melhorar a segurança no trânsito

Desde o início do ano, os simuladores de direção estão sendo usados em autoescolas e Centros de Formação de Condutores (CFCs) de todo o País – o uso obrigatório começou a valer em 1 de janeiro de 2016, mas o prazo para adequação é até o dia 30 deste mês. Apesar do pouco tempo, o uso do equipamento já tem apresentado resultados positivos em alguns estados brasileiros.

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Adequação para uso de simuladores em autoescolas e CFCs vai até dia 30 de junho | Foto: Divulgação

O Acre, por exemplo, começou a implantar simuladores em CFCs em 2013. No ano passado, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) local informou que o índice de reprovação dos alunos caiu 68% desde que eles começaram a fazer aulas com os equipamentos.

“A modernização do método de ensino e o aumento da fiscalização no processo de formação dos condutores são passos importantes para a redução do número de acidentes. O simulador faz parte dessa evolução, já que contribui para melhor fixação do conteúdo aprendido no curso teórico, visto que os alunos são impactados com alertas a todas as infrações e erros cometidos durante o trajeto. E, ao final, eles ainda recebem relatórios”, explica Sheila Borges, diretora de Operações da ProSimulador, empresa homologada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para fornecer o aparelho

Para a profissional, o Rio Grande do Sul, que também foi pioneiro no uso de simuladores, é outro bom exemplo. “Segundo dados divulgados pelo Detran gaúcho, em maio deste ano, o número de mortos em acidentes de trânsito caiu 20% nos últimos cinco anos no estado. Porém, o que se destaca nesse índice é que o período de maior redução ocorreu em 2015, com cerca de 16% menos acidentes fatais registrados”, conta.

O Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Rio Grande do Sul publicou uma pesquisa sobre o aproveitamento pedagógico das aulas realizadas em simuladores no estado. A amostra comparou o desempenho de um grupo de 20% de matriculados em Gravataí, em 2013 (quando não usavam simuladores), e outros 20% que estudaram entre 2014 e 2015 (quando já usavam simuladores). Na primeira turma, dos 22 treinados, apenas quatro foram aprovados no exame prático. Já na segunda, todos os aspirantes a motorista foram aprovados na primeira tentativa da prova.

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No simulador, condutor enfrenta situações cotidianas e de risco | Foto: Reprodução

As aulas

Atualmente, os alunos que estão estudando para se tornarem motoristas precisam cursar 25 aulas práticas. Destas, cinco são realizadas em simuladores. O sistema coloca o condutor frente a frente com situações cotidianas e imprevisíveis, preparando a pessoa para o mundo real.

“O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) definiu o conteúdo pedagógico de forma evolutiva, que inicia pelos conceitos básicos, como conhecimento dos comandos e controles do veículo, até situações adversas e de risco. Além das cinco aulas obrigatórias, os alunos podem optar por realizar mais três aulas de conteúdo aplicado em ambiente noturno”, diz Sheila.

Os simuladores também são boas opções para que motoristas profissionais consigam treinar situações de direção defensiva e para auxiliar no tratamento de fobias e medo de dirigir. Vale lembrar que a presença de um instrutor é necessária em todos os casos. “Ele é essencial nesse processo, e os simuladores contribuem para potencializar o trabalho. Os relatórios emitidos nos equipamentos apoiam as ações que podem ser desenvolvidas pelo instrutor, principalmente observando os pontos em que o aluno precisa de mais atenção na formação”, finaliza a diretora da ProSimulador.

 

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Maria Beatriz Vaccari
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Maria Beatriz Vaccari

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